A Caixa Econômica Federal deverá desistir de contestar a desapropriação de uma propriedade adquirida pelo clube carioca. No caso, trata-se do terreno do Gasômetro, na região central do Rio. Após ser desapropriado pela prefeitura, o terreno acabou arrematado pelo Flamengo no final de julho. A intenção dos gestores rubro-negros é construir um estádio no local.
Contudo, a forma como foi realizada a desapropriação, bem como os valores, levou a Caixa a contestar a negociação. A alegação é que a propriedade pertencia a um fundo de investimentos administrado pela Caixa, cujos recursos eram provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O banco estatal contestou o preço pago pelo Flamengo no leilão – R$ 138,2 milhões – que foi considerado bem abaixo da avaliação do terreno.
Entretanto, a Caixa deve desistir de acionar a Justiça em função de uma negociação feita nos bastidores. Para isso, o clube deverá pagar cerca de R$ 90 milhões adicionais ao banco para encerrar o caso. Conforme informações do jornal O Globo, o acordo está sendo realizado com auxílio do Governo Federal e da Prefeitura do Rio.
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Eduardo Paes se encontraram em Brasília para discutir o assunto. Ministros e representantes da Caixa Econômica Federal também estiveram presentes. A expectativa é que um acordo seja alcançado nas próximas semanas. Até isso ocorrer, os processos judiciais relacionados ao tema permanecerão suspensos.
