Orgulho em Paris: a representatividade LGBTQIA+ nos Jogos Olímpicos

25 de julho de 2024
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Orgulho em Paris: a representatividade LGBTQIA+ nos Jogos Olímpicos
Orgulho em Paris: a representatividade LGBTQIA+ nos Jogos Olímpicos

São Paulo, julho de 2024 – Com data de início marcada para 26 de julho, os Jogos Olímpicos de Paris seguem celebrando a diversidade com a participação de atletas da comunidade LGBTQIA+.

Neste ano, 144 atletas que irão a Paris são assumidamente LGBTQIA+ e, segundo banco de dados do OutSports, o número deve aumentar à medida que os atletas se destaquem e ganhem visibilidade ao longo da competição. Os dados serão atualizados a cada semana.

“A representatividade nos Jogos Olímpicos é fundamental para promover visibilidade e inclusão da comunidade. Atletas LGBTQIA+ inspiram jovens, motivam a aceitação e contribuem para a criação de um ambiente esportivo mais acolhedor. Além disso, a visibilidade desses atletas impulsiona mudanças sociais e colabora para criação de políticas inclusivas, garantindo o direito de presença em todos os aspectos da sociedade, quebrando barreiras para futuras gerações”, explica Amara Moira, Coordenadora de Educação, Exposições e Programação Cultural do Museu da Diversidade Sexual.

Para tornar o evento mais inclusivo, o Comitê Olímpico também inaugurou a “Casa Orgulho”, espaço acolhedor criado próximo a ponte Alexandre 3º, com objetivo de promover a inclusão por meio do esporte. O projeto que nunca foi utilizado em Jogos Olímpicos, foi uma iniciativa entre a Associação Fier-Play e Paris 2024, com a ideia de combater a discriminação e diminuir a invisibilidade das pessoas LGBTQIA+ no esporte.

Conheça nomes de esportistas LGBTQIA+ que irão representar o brasil em 2024, escalados em diversas modalidades:

1- Babi Arenhart – Handball

Babi Arenhart é uma renomada jogadora de handebol brasileira, reconhecida por suas habilidades como goleira e por sua trajetória de sucesso em clubes e na seleção nacional. A atleta sempre se assumiu publicamente como parte da comunidade LGBTQIA+ e utiliza a sua visibilidade para promover a aceitação e a igualdade no esporte.

Babi Arenhart - Handball
Babi Arenhart – Handball

2 – Nicolas Albiero – Natação

Nascido nos Estados Unidos e naturalizado brasileiro, Nick Albiero é um medalhista nacional de natação e vai estrear a sua carreira Olímpica esse ano em Paris. O atleta é o primeiro nadador brasileiro abertamente gay a participar da competição. Em perfis pessoais nas redes sociais, Nick fala sobre a importância da luta da comunidade e faz questão de registrar momentos em Paradas do Orgulho.

Nicolas Albiero - Natação
Nicolas Albiero – Natação

3 – Marta – Futebol

Marta é uma das maiores jogadoras de futebol de todos os tempos, tendo conquistado 6 prêmios de Melhor Jogadora do Mundo pela FIFA. Além de suas inúmeras realizações esportivas, Marta é embaixadora global da ONU Mulheres, Defensora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e, em 2021, foi anunciada como Líder Global em Diversidade e Inclusão da LATAM. Abertamente parte da comunidade LGBTQIA+, a jogadora mantém um relacionamento com a jogadora Carrie Lawrence, sua companheira de time no Orlando Pride.

3 - Marta - Futebol
3 – Marta – Futebol

4 – Carol – Vôlei

Ana Carolina da Silva, é uma destacada jogadora de vôlei brasileira. Com uma carreira brilhante, se destacou como central na seleção brasileira, conquistando títulos importantes para o país. A jogadora é abertamente parte da comunidade e compartilha momentos do seu relacionamento com a também jogadora de vôlei Anne Buijs, com quem está há mais de 7 anos.

4 - Carol - Vôlei
Carol – Vôlei

5 – Izabela da Silva – Lançamento de discos

Izabela da Silva é uma atleta brasileira de lançamento de discos e se identifica como uma mulher lésbica. Finalista olímpica nos Jogos de Tóquio e campeã dos Jogos Pan-Americanos no ano passado, Izabela estará presente em Paris como forte candidata a possível finalista em sua modalidade.

Izabela da Silva - Lançamento de discos
Izabela da Silva – Lançamento de discos

Sobre o Museu da Diversidade Sexual


O Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, é destinado à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIA+ – contemplando a diversidade de siglas que constroem hoje o MDS – e seu reconhecimento pela sociedade brasileira. Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIA+, se propõe a discutir a diversidade sexual e de gênero e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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