O ex-tenente da Polícia Militar, Henrique Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, foi absolvido pelo Tribunal do Júri de São Paulo nesta sexta-feira (14). O júri reconheceu que Velozo agiu em legítima defesa.
Após três dias de julgamento no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, o Tribunal do Júri absolveu o ex-tenente da Polícia Militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de matar o lutador de jiu-jitsu Leandro Lo com um tiro na cabeça, ocorrido em agosto de 2022 durante um show na zona sul da capital paulista.
A defesa sustentou que o policial militar reagiu em legítima defesa. Durante a briga no Clube Sírio, testemunhas relataram que Velozo teria provocado Lo, que o imobilizou. Em seguida, o ex-tentente teria retornado armado e disparado contra o lutador, que não resistiu ao ferimento.
O júri, formado por sete jurados (cinco mulheres e dois homens), acolheu a tese da defesa, absolvendo Velozo. A decisão da juíza Fernanda Jacomini da 1ª Vara do Júri pôs fim ao julgamento.
Testemunhas indicaram que, após o crime, o policial foi flagrado entrando na boate Bahamas e depois a um motel. Em setembro, Velozo foi demitido da Polícia Militar pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), em decisão fundamentada em “ato incompatível com a função policial militar”.
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O caso dividiu opiniões, com a Promotoria esperando condenação por homicídio qualificado, mas o júri avaliou a versão apresentada pelos advogados de defesa. O ex-tenente foi preso preventivamente e passou anos aguardando o julgamento, que sofreu adiamentos.
Esse episódio levanta reflexões sobre o papel das forças policiais e o uso da legítima defesa no contexto de violência urbana, colocando em debate as políticas de segurança pública no estado de São Paulo.



