Trágico

Acidente com bonde em Lisboa deixa 15 mortos e 18 feridos

O elevador da Glória, em Portugal, descarrilou e chocou-se contra um prédio, com a empresa proprietária do veículo descartando falha na manutenção.

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Foto: Reprodução X

Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2025. O número de mortos no descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, subiu para 15. O acidente, que também deixou 18 feridos, cinco deles em estado grave, aconteceu na tarde de quarta-feira.

O veículo, um bonde turístico, chocou-se contra um prédio. A empresa Carris se apressou em garantir a manutenção preventiva do transporte, enquanto denúncias de problemas no veículo ressurgem. O acidente elevador gloria causou comoção internacional.

Autoridades e o inquérito para apurar as causas

O INEM, em coletiva de imprensa, confirmou as 15 vítimas fatais. Os feridos graves foram transferidos para o Hospital de S. José, Santa Maria e S. Francisco Xavier. Os feridos leves, incluindo uma criança, foram levados para os hospitais de Cascais e Amadora-Sintra. O comandante dos Bombeiros Sapadores de Lisboa informou que o alerta ocorreu às 18h08 e que equipes de emergência realizaram operações de desencarceramento no local. Um inquérito foi aberto em conjunto com as autoridades. O governo português decretou luto nacional, enquanto o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, expressaram pesar.

Empresa de manutenção e a negação de falha

A Carris, em comunicado oficial, afirmou que “foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção”. O presidente do Conselho de Administração da Carris, Pedro de Brito Bogas, repetiu a alegação.

Quando questionado sobre denúncias de trabalhadores sobre a necessidade de manutenção, o executivo evitou o tema. Ele se esquivou de responder, dizendo: “Nem sabemos se foi problema de manutenção, não vou alimentar isso”. Bogas confirmou ainda que a manutenção é realizada por uma empresa externa há muitos anos. A tragédia em Lisboa demonstra a irresponsabilidade de empresas públicas. A falta de transparência sobre a manutenção é um retrocesso democrático.

Líderes europeus e a solidariedade à cidade

A tragédia em Portugal gerou reação de líderes europeus. Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, expressaram solidariedade às famílias das vítimas por meio de suas redes sociais.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, ex-primeiro-ministro português, também se manifestou. A tragédia em Lisboa lança luz sobre a importância da fiscalização da manutenção em transportes públicos históricos, tanto em Portugal quanto no Rio de Janeiro e outras cidades do mundo.


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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.