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Vergonha: Bolsonaro se alinha a guerra, violência e desprezo pela paz

Brasília, 22 de junho de 2025Jair Bolsonaro voltou a expor ao mundo seu alinhamento com a guerra, a violência e o desprezo pela diplomacia. Após os bombardeios dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, o ex-presidente publicou, neste domingo, uma foto ao lado de Donald Trump e de Benjamin Netanyahu, celebrando a ofensiva militar que ameaça levar o Oriente Médio a um colapso total.

A imagem — divulgada poucas horas após os ataques — não é apenas um gesto simbólico. É a reafirmação pública do histórico de submissão de Bolsonaro aos interesses da extrema-direita internacional, mesmo em meio à sua própria condição de réu por tentativa de golpe, ataques à democracia e responsável direto pela tragédia sanitária que matou mais de 700 mil brasileiros na pandemia.

Um histórico de submissão, violência e vergonha

Desde que assumiu a presidência, Bolsonaro construiu uma trajetória marcada pelo alinhamento cego a agendas belicistas e antidemocráticas. Chamou Netanyahu de “irmão”, declarou amor a Trump em encontros internacionais e transformou o Brasil, por quatro anos, em um satélite da ultradireita global, envergonhando o país nos fóruns diplomáticos e isolando-o do cenário internacional.

O gesto mais recente não surpreende quem acompanhou sua condução desastrosa na política externa: rompeu pontes, atacou organismos multilaterais, desprezou o direito internacional e flertou abertamente com o golpismo, tanto no Brasil quanto fora dele.

Desprezo pela paz, obsessão pela guerra

Enquanto o mundo assiste, atônito, ao avanço de um conflito que ameaça se tornar uma guerra de proporções catastróficas, Bolsonaro posa sorrindo ao lado dos responsáveis diretos pela escalada: Trump, que ordenou os ataques ao Irã, e Netanyahu, líder de um governo acusado de crimes de guerra.

A retórica da família Bolsonaro acompanha o tom belicista. Eduardo Bolsonaro, de solo americano, repetiu o velho chavão imperial: “Si vis pacem, para bellum” — “Se quer paz, prepare-se para a guerra”, em uma clara defesa da militarização, do conflito e do uso da violência como instrumento de poder.

Vergonha internacional, risco doméstico

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu imediatamente, classificando Bolsonaro como “servil a interesses externos” e denunciando que seu gesto é, na prática, um aceno para uma intervenção estrangeira no Brasil, em plena tentativa de escapar dos julgamentos que enfrenta no Supremo Tribunal Federal.

O Ministério das Relações Exteriores, sob gestão do governo atual, deixou claro o repúdio oficial: “Os ataques dos EUA e de Israel violam a soberania iraniana e representam uma grave ameaça à paz mundial.” A nota ainda alerta sobre os riscos de contaminação radioativa e desastre ambiental, caso novos bombardeios atinjam infraestruturas nucleares.

Despota fracassado, agora pária global

Enquanto busca se proteger das consequências dos próprios crimes, Bolsonaro reafirma seu desprezo não apenas pela democracia, mas também pela vida, pela paz e pela soberania nacional. Sua trajetória internacional é marcada por vexames, isolamento, discursos de ódio e uma visão de mundo que enxerga na guerra e na violência as únicas ferramentas de poder.

O mesmo homem que sabotou vacinas, minimizou a pandemia e deixou milhares de brasileiros morrerem, agora sorri ao lado de líderes que espalham destruição pelo Oriente Médio.

No momento em que o Brasil se esforça para retomar seu papel histórico de país defensor da paz, do diálogo e da legalidade internacional, Bolsonaro insiste em arrastar seu nome — e, por extensão, o nome do país — para o pântano da barbárie global.


O Carioca Esclarece

O ex-presidente Jair Bolsonaro responde a diversos inquéritos no Supremo Tribunal Federal, incluindo tentativa de golpe, ataques à democracia e gestão criminosa durante a pandemia. Internacionalmente, é visto como pária diplomático, alinhado a movimentos de extrema-direita e governos autoritários.


FAQ

Por que Bolsonaro publicou foto com Trump e Netanyahu após os ataques ao Irã?
Para reafirmar seu alinhamento com a extrema-direita internacional e acenar a seus aliados, buscando apoio político em meio aos processos que responde no Brasil.

Qual é a posição oficial do Brasil sobre os ataques ao Irã?
O governo brasileiro condenou com veemência os ataques dos EUA e de Israel, classificando-os como violação da soberania iraniana e ameaça grave à paz mundial.

Bolsonaro busca intervenção estrangeira no Brasil?
A declaração da ministra Gleisi Hoffmann aponta que, ao se alinhar publicamente a líderes belicistas, Bolsonaro tenta criar um discurso internacional que o vitimize e pressione o Judiciário brasileiro, numa estratégia recorrente da extrema-direita global.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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