Rio de Janeiro, 5 de julho de 2025 – Em Copacabana, Dilma Rousseff anunciou a adesão de Colômbia e Uzbequistão ao Banco do Brics, elevando para 11 o número de membros da instituição financeira criada para enfrentar a hegemonia do sistema ocidental. A declaração foi feita ao fim da 10ª reunião anual do Conselho de Governadores do banco, no Hotel Fairmont.
Brics se expande e mira países do Sul
Durante coletiva no Rio, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) celebrou a expansão: “Agora somamos 11 países membros”. Além de Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes, Egito e Bangladesh, o banco agora contará com Colômbia e Uzbequistão. A Argélia já havia sido aprovada anteriormente.
Segundo Dilma, há outras adesões em negociação, mas os nomes seguem sob sigilo por decisão do conselho.
Alternativa ao FMI e ao Banco Mundial
Fundado em 2014, o NDB nasceu como uma resposta ao FMI e ao Banco Mundial, oferecendo financiamento em condições mais vantajosas para países em desenvolvimento. Com sede em Xangai, o banco já investiu US$ 32,8 bilhões, sendo US$ 5,2 bilhões só no Brasil.
Para Dilma, o banco deve ser instrumento de soberania:
“O Sul Global não pode mais ser refém de juros extorsivos e condicionalidades políticas.”
Temas discutidos: energia, clima e digitalização
A reunião do Conselho abordou transição energética, inclusão financeira, financiamento climático e infraestrutura digital, alinhando-se à presidência rotativa do Brics sob liderança brasileira.
O encontro reuniu ministros, empresários e representantes de organismos multilaterais em debates sobre os caminhos para o desenvolvimento sustentável fora do eixo hegemônico tradicional.
O Diário Carioca Esclarece
O que é o Banco do Brics?
Oficialmente chamado de Novo Banco de Desenvolvimento, é uma instituição financeira criada em 2014 para financiar infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países do Sul Global.
Qual o objetivo da ampliação de membros?
A estratégia busca consolidar o banco como alternativa viável ao sistema financeiro tradicional dominado por países desenvolvidos.
Por que Colômbia e Uzbequistão?
Ambos os países demonstraram interesse em fortalecer alianças econômicas com potências emergentes e reduzir a dependência de instituições ocidentais.