O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 14 de novembro de 2025 a retomada dos testes nucleares nos EUA pela primeira vez desde 1992. Segundo ele, a medida visa equiparar o país aos seus concorrentes estratégicos, como Rússia e China.
Na última sexta-feira, a bordo do Air Force One, o presidente Donald Trump revelou que os Estados Unidos iniciarão em breve novos testes nucleares, interrompidos há mais de três décadas. O republicano justificou a decisão afirmando que os EUA devem “fazer testes nucleares como outros países fazem”, destacando a necessidade de manter a paridade estratégica com potências globais rivais.

Trump reforçou que os Estados Unidos detêm o maior arsenal nuclear do mundo, com a Rússia em segundo lugar e a China em um distante terceiro, observando que este último pode alcançar os EUA em cerca de quatro a cinco anos. Apesar da retomada dos testes, o presidente expressou o desejo de avançar em direção à desnuclearização e mencionou a possibilidade de um acordo trilateral entre EUA, Rússia e China, que considerou “a melhor coisa”.
A fala de Trump ocorre em meio a tensões renovadas com Moscou. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, negou a retomada de testes nucleares por Rússia e China, classificando as acusações americanas como “sem relação com a realidade”. Lavrov ressaltou que os dois países participam de um sistema internacional de monitoramento de explosões subterrâneas que assegura transparência entre as potências. Ele ainda afirmou que o presidente Vladimir Putin não ordenou o reinício dos testes, mas apenas autorizou avaliações técnicas permitidas pelos tratados internacionais.
O anúncio dos EUA gera preocupações significativas no cenário internacional, pois pode representar violação do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT), do qual Washington é signatário, ainda que não tenha ratificado o documento. O Conselho de Segurança Nacional da Rússia declarou que a medida ameaça a estabilidade estratégica global, enquanto a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que a retomada dos testes pode enfraquecer a segurança internacional e aumentar o risco de uma escalada nuclear.
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Este movimento marca uma reversão importante na política americana, evidenciando a complexa dinâmica geopolítica entre as grandes potências e os desafios para o controle de armamentos. A retomada pode desencadear uma nova corrida armamentista e tensionar ainda mais as relações internacionais, gerando um cenário de insegurança que pede atenção global.
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