terça-feira, setembro 23, 2025
21.8 C
Rio de Janeiro
InícioMundoDonald Trump critica Israel e Irã por romperem cessar-fogo: 'Não estou feliz'
Crise no Oriente Médio

Donald Trump critica Israel e Irã por romperem cessar-fogo: ‘Não estou feliz’

Presidente dos EUA admite frustração com Israel e Irã após fracasso na trégua mediada por Washington e Catar

Washington, 24 de junho de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou forte insatisfação com Israel e Irã após o fracasso do cessar-fogo anunciado entre os dois países.


Trump se diz “descontente” com aliados e rivais

O presidente Donald Trump declarou publicamente nesta terça-feira (24) que tanto Israel quanto o Irã desrespeitaram os termos do cessar-fogo negociado na véspera. “Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas realmente não estou feliz com Israel”, afirmou, em tom de frustração.

O acordo, costurado com intermediação dos Estados Unidos e do Catar, previa a suspensão imediata dos ataques a partir da manhã desta terça-feira. Contudo, as hostilidades se mantiveram, contrariando o que havia sido anunciado.

A trégua foi articulada após uma ligação entre Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Segundo relatos de bastidores, Israel teria condicionado a adesão ao cessar-fogo à paralisação dos ataques iranianos, o que, segundo fontes diplomáticas, chegou a ser aceito preliminarmente por Teerã.


Diplomacia pressionada e sinais contraditórios

Além de Trump, participaram das negociações o vice-presidente dos EUA, JD Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial Steve Witkoff. As conversas envolveram interlocuções diretas com o Catar e comunicações indiretas com autoridades iranianas.

Fontes diplomáticas revelaram que Trump recorreu ao emir do Catar, solicitando que intermediasse um entendimento com Teerã. A pressão teria surtido efeito inicial, levando o governo iraniano a sinalizar positivamente para a trégua durante um telefonema que também contou com a participação do primeiro-ministro catariano.

Apesar disso, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, negou formalmente qualquer acordo para suspender as ações militares. A negativa gerou perplexidade na diplomacia americana, que já havia divulgado, inclusive, um comunicado celebrando o fim do conflito.


Uma guerra de 12 dias e um acordo que não se sustentou

O conflito, iniciado em 13 de junho, teve origem em uma ofensiva preventiva de Israel contra instalações nucleares no Irã, com o argumento de conter o avanço do programa atômico iraniano. A resposta de Teerã foi imediata, com bombardeios sobre Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.

De acordo com balanços preliminares divulgados por autoridades dos dois países, a guerra já deixou dezenas de mortos e milhares de feridos, com um número elevado de vítimas civis.

Em meio à escalada, os Estados Unidos também intervieram diretamente no fim de semana, atacando a usina nuclear de Fordow, no Irã — uma instalação subterrânea usada para enriquecimento de urânio. Como retaliação, Teerã lançou mísseis contra uma base militar americana no Catar na segunda-feira (23).

Segundo fontes do governo dos EUA, os projéteis foram interceptados, e não houve vítimas. Autoridades revelaram ainda que Teerã teria avisado previamente sobre o ataque, numa tentativa de sinalizar que se tratava de uma resposta simbólica, voltada mais à retórica interna do que à escalada efetiva do conflito.



Trump anuncia fim da guerra… que não acabou

Nas redes sociais, Trump chegou a anunciar que a guerra estaria “oficialmente encerrada” em até 24 horas. “Partindo do princípio de que tudo funcionará como deve, o que acontecerá, gostaria de parabenizar ambos os países, Israel e Irã, por terem a Resistência, Coragem e Inteligência para encerrar o que deve ser chamado de A GUERRA DE 12 DIAS”, escreveu.

No entanto, na prática, o cessar-fogo não se consolidou. Os ataques prosseguiram, e o próprio governo americano, pressionado pelos acontecimentos, passou a reconhecer que o acordo não foi respeitado por nenhuma das partes.

O Diário Carioca segue acompanhando os desdobramentos desse conflito, que representa mais um capítulo da instabilidade permanente no Oriente Médio, com impactos geopolíticos de alcance global.


O Carioca Esclarece

O termo “ofensiva preventiva”, frequentemente utilizado por Israel, refere-se a ataques realizados antes que uma ameaça se concretize, sob a justificativa de impedir danos futuros. Trata-se de uma doutrina militar controversa, contestada por organismos internacionais.


FAQ – Perguntas Frequentes

O cessar-fogo entre Israel e Irã ainda está valendo?

Não. Embora tenha sido anunciado, o acordo foi descumprido por ambas as partes e está, na prática, sem efeito.

Por que os Estados Unidos atacaram uma usina no Irã?

Segundo o governo americano, o ataque visou desativar a capacidade de enriquecimento de urânio do Irã, considerada uma ameaça para Israel e aliados.

Existe risco de uma guerra maior?

Sim. A continuidade dos ataques, mesmo após tentativas de cessar-fogo, amplia os riscos de uma escalada regional, envolvendo não apenas Israel e Irã, mas também potências como os EUA e aliados do Golfo.


Parimatch Cassino online
Redacao
Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Relacionadas

Trump elogia Lula na ONU e fala em “química excelente”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) ter se encontrado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da Assembleia...

França reconhece Estado Palestino durante cúpula da ONU em Nova York

Macron anuncia decisão histórica em meio ao massacre em Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos, e defende solução de dois Estados

Trump associa paracetamol ao autismo e sugere leucovorina como tratamento, sem respaldo científico

Comunidade médica e farmacêuticas contestam declarações do presidente dos EUA, que ligou analgésico a risco de autismo em grávidas

Lula diz que ‘tirania do veto’ impede ONU de evitar atrocidades e volta a afirmar que Gaza sofre ‘genocídio’

Presidente brasileiro discursou em conferência sobre a Palestina, em Nova York, na véspera de abrir a Assembleia Geral da ONU

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado da Palestina

Países ocidentais anunciam reconhecimento oficial e reforçam compromisso com a solução de dois Estados.

Mais Notícias

Assuntos:

Mais Notícias