Washington – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mencionar a possibilidade de um terceiro mandato, mesmo com a proibição imposta pela 22ª Emenda da Constituição. Em entrevista à NBC neste domingo (30), ele afirmou que “existem métodos” para viabilizar a permanência no cargo. “Não estou brincando”, declarou.
A 22ª Emenda, criada em 1951, impede que um presidente seja eleito mais de duas vezes. A medida surgiu após Franklin D. Roosevelt conquistar quatro mandatos consecutivos. No entanto, Trump, de 78 anos, segue cogitando formas de se manter no poder.
Trump aposta no apoio popular
Durante a entrevista, Trump reforçou que há demanda popular para sua permanência. “Muita gente quer que eu faça isso”, afirmou. Ele destacou que “ainda é cedo” para tomar decisões, mas garantiu que sua equipe estuda caminhos legais para viabilizar a reeleição.
Questionado sobre a estratégia de indicar um vice que renunciaria para que ele assumisse o cargo novamente, Trump confirmou que essa é uma possibilidade. “Esse é um dos caminhos”, disse, sem dar mais detalhes.
Obstáculos para mudar a Constituição
Para que Trump consiga um terceiro mandato, seria necessário alterar a 22ª Emenda. O processo exige aprovação de dois terços do Congresso ou apoio de dois terços dos estados para convocar uma convenção constitucional. Depois, seria necessária a ratificação de três quartos dos estados. O atual cenário político torna essa possibilidade pouco viável.
Mesmo diante das dificuldades, Trump garantiu que continuará explorando opções para seguir na presidência. “Ainda é cedo para pensar nisso, mas existem planos”, afirmou.
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Entenda a polêmica sobre um terceiro mandato
- O que diz a 22ª Emenda? A Constituição dos EUA impede que qualquer pessoa seja eleita para a presidência mais de duas vezes.
- Por que Trump quer um terceiro mandato? Ele alega que possui apoio popular e busca maneiras legais para se manter no poder.
- Como seria possível? Alterar a Constituição exigiria um processo legislativo complexo e apoio da maioria dos estados.
- Isso já aconteceu antes? Não. Desde a aprovação da emenda, nenhum presidente conseguiu alterá-la.