President Trump at the Israel Museum. Jerusalem May 23, 2017 President Trump at the Israel Museum. Jerusalem May 23, 2017

Washington, 26 de junho de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocou uma crise diplomática e institucional em Israel ao defender publicamente o premiê Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção, e pedir o cancelamento imediato de seu julgamento. Em publicação na rede Truth Social, Trump classificou o processo como uma “caça às bruxas” e exaltou Netanyahu como “o maior guerreiro de Israel”.

A manifestação do presidente americano ocorre às vésperas de uma nova audiência do primeiro-ministro israelense, marcada para a próxima segunda-feira. Netanyahu enfrenta múltiplas acusações de recebimento de subornos e abuso de poder, em um processo que se arrasta há anos e tem mobilizado juristas, manifestantes e lideranças políticas no país.


Trump intervém e desafia Judiciário de aliado

“Bibi e eu acabamos de passar pelo inferno juntos, lutando pela sobrevivência de Israel”, escreveu Trump, usando o apelido do premiê israelense. “Esse julgamento deveria ser cancelado imediatamente, ou um perdão dado a um grande herói que tanto fez pelo Estado.”

A declaração foi acompanhada de uma imagem antiga dos dois líderes de mãos dadas. No mesmo post, Trump disse que “foram os Estados Unidos da América que salvaram Israel — e agora salvarão Bibi Netanyahu”.

As falas geraram reação imediata. Juristas israelenses classificaram a intervenção como “intromissão inaceitável” no sistema judicial do país. Políticos da oposição afirmam que Trump está “instrumentalizando um aliado estrangeiro” para fins pessoais e eleitorais, em meio à sua própria campanha para voltar à Casa Branca.


Netanyahu agradece e tenta adiar julgamento

Horas depois, Netanyahu respondeu com gratidão. “Obrigado, presidente Trump, pelo seu apoio comovente a mim e ao povo de Israel. Continuaremos a trabalhar juntos para derrotar nossos inimigos comuns e expandir o círculo de paz”, afirmou em publicação na rede X.

O premiê solicitou formalmente o adiamento de seu depoimento, citando “desenvolvimentos regionais e globais”, sem detalhar quais seriam. Para especialistas, trata-se de mais uma manobra para prolongar o processo judicial e manter-se no poder.

O Diário Carioca apurou que setores da Justiça israelense avaliam acelerar a tramitação do processo diante do “evidente risco de interferência externa e desestabilização institucional”.


Irã proclama vitória sobre Israel e EUA

A crise interna de Israel acontece dias após o fim de um conflito direto com o Irã. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quinta-feira (26) que a “vitória sobre o regime sionista e o regime americano” está consolidada.

“O regime sionista foi esmagado sob os golpes da República Islâmica. Os EUA não obtiveram nenhum êxito nesta guerra”, declarou. Khamenei também minimizou os impactos dos bombardeios americanos sobre instalações nucleares iranianas e ironizou a retaliação do Irã a uma base militar americana no Catar, considerada simbólica por ter sido previamente anunciada.


Trump insiste em “vitória” contra programa nuclear iraniano

Em Haia, durante cúpula da Otan, Trump rebateu críticas e afirmou que os ataques aéreos dos EUA causaram “grande destruição” e atrasaram o programa nuclear do Irã “em muitos, muitos anos”.

“Eles apresentaram um relatório inconcluso. O local foi obliterado”, disse o presidente, ao se referir a uma avaliação preliminar do Pentágono, segundo a qual os danos causados foram limitados e não impediriam o Irã de retomar o programa em alguns meses.

Apesar da retórica, Trump reconheceu que tanto Israel quanto o Irã estão “exaustos” após 12 dias de guerra direta, com mais de 2 mil ataques trocados entre os países e saldo superior a 600 mortos.


O Carioca Esclarece

O julgamento de Netanyahu ocorre desde 2020 e envolve três casos distintos de corrupção. O sistema de Justiça de Israel permite que primeiros-ministros sejam processados enquanto exercem o cargo.


FAQ – Perguntas Frequentes

Por que Trump defende Netanyahu?
Trump considera Netanyahu um aliado estratégico e quer fortalecer sua imagem junto à base evangélica e sionista dos EUA, mirando as eleições de 2026.

Netanyahu pode ser perdoado judicialmente em Israel?
Sim, desde que o Parlamento israelense aprove a medida ou o presidente do país conceda o indulto — algo improvável no atual cenário.

Quais os impactos do apoio de Trump?
Além de inflamar a polarização em Israel, a fala do presidente americano fragiliza a credibilidade da Justiça israelense e fortalece a narrativa de perseguição usada por Netanyahu.

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JR Vital - Diário Carioca

JR Vital

JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.

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