Washington, 16 de junho de 2025 — O ex-presidente e atual candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja ampliar drasticamente as restrições de entrada no país, agora mirando cidadãos de 36 novos países. A informação, revelada por uma mensagem interna do Departamento de Estado, foi confirmada por veículos como Washington Post e Reuters.
O documento, assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio, alega riscos à “segurança nacional”, apontando supostos problemas como “passaportes frágeis”, “documentação pouco confiável”, além da presença de indivíduos com “histórico de terrorismo”, “antissemitismo” ou “comportamento antiamericano”.
Se for implementada, a medida colocará essas nações na lista de países já sujeitos a bloqueios totais ou restrições parciais — uma política que carrega claros traços de xenofobia institucionalizada, típica das gestões republicanas ultraconservadoras.
De acordo com o Departamento de Estado, os governos desses países terão 60 dias para “corrigir falhas” em seus sistemas de segurança e documentação. Caso contrário, enfrentarão sanções migratórias que podem incluir bloqueios completos ou restrições severas.
Quais países estão na mira de Trump?
A nova lista atinge principalmente nações do continente africano, da Ásia e do Caribe. Confira os países que poderão ser afetados:
- Angola
- Antígua e Barbuda
- Benin
- Butão
- Burquina Fasso
- Cabo Verde
- Camboja
- Camarões
- Costa do Marfim
- República Democrática do Congo
- Djibuti
- Dominica
- Etiópia
- Egito
- Gabão
- Gâmbia
- Gana
- Quirguistão
- Libéria
- Malaui
- Mauritânia
- Níger
- Nigéria
- São Cristóvão e Neves
- Santa Lúcia
- São Tomé e Príncipe
- Senegal
- Sudão do Sul
- Síria
- Tanzânia
- Tonga
- Tuvalu
- Uganda
- Vanuatu
- Zâmbia
- Zimbábue
Quem já está bloqueado?
Além dessa nova ofensiva, os Estados Unidos já mantêm bloqueio total a cidadãos dos seguintes 12 países:
- Afeganistão
- Chade
- Congo
- Eritreia
- Guiné Equatorial
- Haiti
- Irã
- Iêmen
- Líbia
- Mianmar
- Somália
- Sudão
E quem sofre restrições parciais?
Outros sete países estão sob restrições específicas, que não chegam ao bloqueio total, mas limitam severamente a entrada:
- Burundi
- Cuba
- Laos
- Serra Leoa
- Togo
- Turcomenistão
- Venezuela
A quem interessa essa medida?
O discurso de “segurança nacional” adotado por Donald Trump reforça sua agenda ultraconservadora, xenófoba e eleitoreira, mirando as eleições presidenciais de 2026. Não é coincidência que a lista de países atinja majoritariamente nações do Sul Global — com populações majoritariamente negras, muçulmanas ou imigrantes historicamente marginalizados.
Analistas apontam que essa estratégia serve tanto para agradar sua base racista quanto para desviar o foco de escândalos internos. A medida também fortalece interesses do complexo industrial de segurança dos EUA, que lucra com contratos bilionários ligados à vigilância de fronteiras e controle migratório.
Segundo o Diário Carioca, a proposta já gerou fortes críticas de organizações de direitos humanos, que acusam o governo americano de promover apartheid migratório e discriminação institucionalizada.
E agora?
Se implementada, a nova lista consolidará um dos maiores pacotes de restrições migratórias da história recente dos Estados Unidos, reacendendo o debate sobre racismo estrutural nas políticas internacionais do país.
A decisão definitiva deve ser anunciada nas próximas semanas, após avaliação das respostas diplomáticas dos países afetados.
O Carioca Esclarece:
Essa proposta é uma ampliação da política xenofóbica iniciada por Donald Trump ainda em 2017, quando implementou o chamado “Muslim Ban”, barrando cidadãos de países de maioria muçulmana.
FAQ
Quais são os motivos alegados pelos EUA para esse bloqueio?
Segundo o Departamento de Estado, os motivos incluem passaportes frágeis, riscos de terrorismo e comportamento antiamericano. Contudo, especialistas questionam a real validade dessas alegações, apontando viés racista.
Quando a medida começa a valer?
Os países têm 60 dias para atender às exigências de segurança impostas. Caso contrário, as restrições começam a valer imediatamente após esse prazo.
Quais as consequências para os cidadãos desses países?
Eles poderão ter seus vistos negados, sofrer deportações, ou serem impedidos de entrar nos Estados Unidos, impactando negócios, estudos e reuniões familiares.
