Ambiente em Risco

Greenpeace pode falir nos EUA após multa bilionária

Organização ambiental foi condenada a pagar US$ 660 milhões por protestos contra oleoduto.
22 de março de 2025
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By Fibonacci Blue from Minnesota, USA - Dakota Access Pipeline protesters against Donald Trump, CC BY 2.0,
By Fibonacci Blue from Minnesota, USA - Dakota Access Pipeline protesters against Donald Trump, CC BY 2.0,

Washington – O Greenpeace enfrenta uma crise financeira após ser condenado pela Justiça dos Estados Unidos a pagar mais de US$ 660 milhões à empresa de energia Energy Transfer. A decisão está ligada aos protestos contra o oleoduto Dakota Access, realizados entre 2016 e 2017, nas proximidades da reserva indígena Standing Rock.

A ONG considera a sentença uma tentativa de silenciar a luta ambientalista e já anunciou que recorrerá. No entanto, a condenação representa um golpe grave, uma vez que a entidade já havia alertado que uma multa de US$ 300 milhões poderia levar à sua falência no país.

Protestos contra o oleoduto e processo bilionário

A Energy Transfer alega que os protestos liderados pelo Greenpeace atrasaram a construção do oleoduto, aumentaram os custos do projeto e causaram danos financeiros e de imagem. Durante o julgamento, a empresa argumentou que a ONG apoiou e financiou atos que resultaram em prejuízos milionários.

Por outro lado, advogados do Greenpeace classificaram a ação como “ridícula” e acusaram a companhia de tentar responsabilizar a entidade por atrasos alheios ao seu controle.

O julgamento durou dois dias e o júri, formado por nove membros, decidiu unanimemente pela condenação da ONG. O Greenpeace é acusado de invasão de propriedade e conspiração.

Greenpeace vê ataque à liberdade de expressão

A organização ambientalista afirmou que a decisão representa um ataque direto à Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão nos EUA.

“Estão tentando nos silenciar para que mais nenhum ativista se oponha às grandes corporações de combustíveis fósseis”, declarou um porta-voz da ONG.

Já o advogado da Energy Transfer, Trey Cox, defendeu a condenação. Segundo ele, a decisão protege as empresas contra manifestações que prejudiquem seus interesses comerciais.

Ação internacional contra a Energy Transfer

Enquanto enfrenta o processo nos Estados Unidos, o Greenpeace também levou a disputa para a Holanda. A ONG processou a Energy Transfer no país europeu com base em leis que visam impedir processos judiciais usados para intimidar ativistas.

A estratégia busca limitar os impactos financeiros da multa bilionária e impedir que a organização encerre suas atividades nos EUA.


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Entenda o caso: Greenpeace e a multa bilionária

  • Condenação: ONG foi sentenciada a pagar US$ 660 milhões à Energy Transfer.
  • Motivo: Protestos contra o oleoduto Dakota Access, em Standing Rock.
  • Acusação: Empresa alega invasão de propriedade e danos financeiros.
  • Defesa: Greenpeace vê tentativa de silenciamento e recorrerá da decisão.
  • Processo na Europa: ONG acionou justiça holandesa contra a Energy Transfer.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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