Rio de Janeiro, 22 de junho de 2025 — O Iêmen acaba de anunciar oficialmente sua entrada na guerra no Oriente Médio. A declaração foi feita neste domingo (22) através do perfil Yemen Military na rede social X (antigo Twitter).
O comunicado é direto e ameaça embarcações militares estrangeiras, especialmente dos Estados Unidos, Reino Unido e aliados:
“Afastem seus navios de nossas águas territoriais”, declarou o porta-voz militar Yahya Sari, que representa as Forças Armadas do Iêmen, lideradas pelos houthis, grupo alinhado politicamente ao Irã.
Mar Vermelho se torna zona de guerra
A declaração do Iêmen ocorre no contexto da escalada dos conflitos após os ataques dos EUA ao Irã e a retaliação de Teerã contra Israel. Agora, a crise ganha uma nova frente, diretamente no Mar Vermelho, uma das rotas mais importantes do comércio global.
A ameaça não é vazia: desde 2023, os houthis têm realizado sucessivos ataques contra navios mercantes e militares ligados a Israel, aos Estados Unidos e a países europeus, em retaliação à guerra em Gaza e, mais recentemente, às ofensivas contra o Irã.
Declaração de guerra não deixa margem para dúvidas
A publicação das forças militares do Iêmen não especifica formalmente contra quem a declaração de guerra se dirige — mas na prática, o recado é claro: “Qualquer presença militar estrangeira nas nossas águas será tratada como alvo legítimo”, afirma a nota.
Analistas apontam que o Iêmen deve intensificar os ataques contra:
- Navios da Marinha dos EUA
 - Embarcações do Reino Unido
 - Petroleiros ligados a aliados de Israel, como Emirados Árabes e Arábia Saudita
 - Navios comerciais com bandeira de países ocidentais
 
Consequências imediatas no comércio global
O Mar Vermelho é uma das rotas marítimas mais estratégicas do planeta, conectando o Oceano Índico ao Mar Mediterrâneo através do Canal de Suez. Aproximadamente 12% de todo o comércio mundial passa por essa rota, além de grande parte do transporte global de petróleo.
Empresas de transporte marítimo já começaram a desviar rotas, encarecendo custos e provocando aumentos imediatos no preço do petróleo e dos fretes internacionais.
Risco de expansão do conflito
A entrada oficial do Iêmen na guerra solidifica o temor de que a escalada militar no Oriente Médio atinja proporções globais.
- Irã enfrenta os Estados Unidos e Israel
 - Rússia ameaça fornecer ogivas nucleares ao Irã
 - Iêmen ameaça bloquear o Mar Vermelho
 - Estreito de Ormuz corre risco de fechamento
 
Se esses bloqueios se consolidarem, o impacto sobre o comércio global, especialmente de petróleo, pode ser devastador.
O Carioca Esclarece
O Iêmen, desde 2015, está em guerra civil, com os houthis controlando a capital Sana e grande parte do território. Eles são aliados diretos do Irã e inimigos declarados da coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA. A entrada formal na guerra contra navios estrangeiros é um divisor de águas no conflito regional.
Perguntas frequentes (FAQ)
Contra quem o Iêmen declarou guerra?
Oficialmente, o comunicado não nomeia, mas na prática é direcionado contra qualquer país com presença naval no Mar Vermelho envolvido nas operações contra Irã, Gaza e os interesses do eixo de resistência formado por Irã, Iêmen, Síria, Hezbollah e aliados.
O que significa essa declaração para o comércio global?
O risco de ataques a navios é altíssimo. As maiores companhias de transporte já estão evitando o Mar Vermelho e o Canal de Suez, o que gera aumento imediato nos custos de frete e nos preços do petróleo.
Existe risco de confronto direto com os EUA?
Sim. A 5ª Frota dos Estados Unidos, baseada no Bahrein, já está mobilizada na região. Confrontos diretos são altamente prováveis se os ataques aos navios se intensificarem.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		