Rio de Janeiro – Israel demonstrou disposição em aceitar um cessar-fogo temporário de 42 dias na Faixa de Gaza em troca da libertação de reféns, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta segunda-feira (3).
“Podemos parar os combates por 42 dias para recuperar os reféns, mas não desistiremos de alcançar a vitória total [militar]”, declarou Netanyahu durante uma reunião com o comitê de defesa e assuntos internacionais do parlamento, de acordo com a rádio Kan.
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O que você precisa saber
- Cessar-fogo temporário: Israel considera uma trégua de 42 dias para a libertação de reféns.
- Esforços diplomáticos: Os Estados Unidos, através do secretário de Estado Antony Blinken, discutem a questão com Israel.
- Proposta de três fases: O presidente Joe Biden apoia um plano em três etapas para a cessação das hostilidades e a libertação de reféns.
- Conflito em Gaza: Desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, a região tem sido palco de intensos combates.
Detalhes do Plano de Cessar-Fogo
Em uma tentativa de mitigar a crise, o presidente dos EUA, Joe Biden, expressou apoio a uma proposta israelense de três fases:
- Primeira fase: Cessar-fogo completo, retirada das tropas israelenses de Gaza e libertação de alguns reféns, incluindo feridos, idosos e mulheres, além de palestinos detidos em prisões israelenses.
- Segunda fase: Cessação indefinida das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes.
- Terceira fase: Início da reconstrução da Gaza, devastada pela guerra.
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Contexto do Conflito
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque massivo com foguetes contra Israel, invadindo a fronteira e atacando bairros civis e bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas, e cerca de 240 foram sequestradas durante o ataque.
Em resposta, Israel realizou ataques aéreos, impôs um bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre com o objetivo de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Até agora, mais de 36.400 pessoas foram mortas nos ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo autoridades locais, e mais de 100 reféns ainda são mantidos pelo Hamas em Gaza.