ONU aponta cumplicidade de países no apoio à ocupação israelense

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Palestinos, que se refugiaram no campo de refugiados de Nuseirat devido aos ataques israelenses, esperam na fila para receber alimentos, distribuídos por uma organização de caridade na Cidade de Gaza, Gaza, em 18 de outubro de 2024. [Moiz Salhi – Agência Anadolu]
Palestinos, que se refugiaram no campo de refugiados de Nuseirat devido aos ataques israelenses, esperam na fila para receber alimentos, distribuídos por uma organização de caridade na Cidade de Gaza, Gaza, em 18 de outubro de 2024. [Moiz Salhi – Agência Anadolu]

Nova York – Nesta sexta-feira (18), especialistas da ONU declararam que países que apoiam a ocupação israelense nos territórios palestinos devem ser considerados “cúmplices” de crimes de guerra e possíveis atos de genocídio cometidos em Gaza.

O comunicado foi liderado por Navi Pillay, diretora da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU, que condenou os apoios militar, financeiro e político a Israel.

A declaração ocorre em meio à crescente tensão na região, onde o governo de Israel continua suas ações militares, apesar das advertências da comunidade internacional. O apoio de nações como Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha ao governo israelense também foi mencionado no documento, que reforça a necessidade de responsabilização dos envolvidos.

Apoio internacional à ocupação

A Comissão da ONU destacou que todos os Estados são “obrigados a não reconhecer reivindicações de soberania israelenses sobre os territórios ocupados” e devem evitar prestar qualquer tipo de apoio que mantenha essa ocupação.

O documento enfatizou que os países têm responsabilidade em relação à Convenção sobre o Genocídio e devem seguir as ordens da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que considerou a ocupação israelense ilegal desde 1967.

Mais de 50 países, incluindo o Brasil, apoiaram a classificação dos ataques israelenses contra a população palestina como genocídio.

A Comissão da ONU também insistiu que Israel tem a obrigação de desmantelar seus assentamentos nos territórios ocupados e devolver as terras e recursos aos palestinos deslocados.

EUA e aliados pedem cessar-fogo

Na mesma sexta-feira, os Estados Unidos e seus aliados europeus, Reino Unido, França e Alemanha, pediram o fim imediato da violência em Gaza. Após a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, em um ataque israelense, os líderes se manifestaram em conjunto, destacando a necessidade urgente de devolver os reféns israelenses e garantir que a ajuda humanitária chegue à população civil.

O presidente dos EUA, Joe Biden, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, ressaltaram a importância de interromper o conflito em Gaza e reestabelecer a ordem na região.

Conflito e ocupação ilegal

O relatório da Comissão da ONU veio após uma recente decisão da Corte Internacional de Justiça, que declarou a ocupação israelense como ilegal. Essa decisão foi reforçada por uma votação na Assembleia Geral da ONU, que pediu o fim da ocupação dentro de um ano.

Israel, de acordo com o documento, deve evacuar imediatamente seus colonos dos territórios palestinos e devolver as terras aos seus proprietários originais. A comissão pediu ações rápidas e concretas, ressaltando que o país tem a obrigação de seguir o direito internacional e interromper a expansão dos assentamentos.

Perguntas Frequentes sobre o apoio internacional e a ocupação de Israel

Quais países são considerados cúmplices da ocupação israelense?
De acordo com a ONU, qualquer país que apoie militar, politicamente ou financeiramente a ocupação dos territórios palestinos pode ser considerado cúmplice. Isso inclui países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.

O que a ONU decidiu sobre a ocupação de Israel?
A Corte Internacional de Justiça declarou a ocupação israelense ilegal desde 1967 e exigiu que Israel cesse todos os novos assentamentos e desmantele os já existentes.

O que a Comissão da ONU espera de Israel?
A Comissão exige que Israel desocupe os territórios palestinos e devolva as terras e recursos naturais aos palestinos que foram deslocados.

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