terça-feira, setembro 23, 2025
21 C
Rio de Janeiro
InícioMundoRelatório denuncia empresas que lucraram com o genocídio de Israel em Gaza

Relatório denuncia empresas que lucraram com o genocídio de Israel em Gaza

Genebra, 1º de julho de 2025 – Em relatório contundente, Francesca Albanese denuncia dezenas de empresas por envolvimento com o apartheid e o genocídio em Gaza. Fabricantes de armas, gigantes da tecnologia, bancos e até universidades são citados como cúmplices de crimes contra a humanidade.


ONU expõe conluio corporativo no genocídio palestino

No documento intitulado “Da Economia da Ocupação à Economia do Genocídio”, a relatora especial da ONU, Francesca Albanese, não poupa palavras: o extermínio promovido por Israel na Faixa de Gaza só é possível porque há lucro – e muito – envolvido.

Com apresentação ao Conselho de Direitos Humanos da ONU marcada para esta quinta-feira (4), o relatório detalha a atuação de mais de 90 empresas que lucraram ou deram suporte direto ao massacre de civis palestinos, à expansão de assentamentos ilegais na Cisjordânia e ao regime de apartheid israelense.


Armas, algoritmos e logística da morte

Na lista de empresas cúmplices aparecem nomes poderosos: Lockheed Martin, Elbit Systems, Leonardo SPA, Israel Aerospace Industries. São elas que fabricam drones, caças F-35 e F-36 e hexacópteros usados nos ataques que já deixaram dezenas de milhares de mortos e centenas de milhares de desabrigados.

Mas o apoio não é só militar. Segundo Albanese, Amazon, Google e Palantir Technologies são peças centrais no fornecimento de inteligência artificial e plataformas preditivas para bombardeios automatizados. A Palantir, ligada ao trumpismo e financiada pela Blackrock e Vanguard, integra dados de vigilância em tempo real com algoritmos letais.


Bancos e universidades financiam o apartheid

Os bancos Barclays, BNP Paribas e fundos como PIMCO aparecem como sustentadores financeiros do regime de Netanyahu. Subscreveram bilhões em títulos emitidos por Israel desde o início da escalada genocida em 2023.

O relatório também denuncia o papel de universidades, como o MIT e diversas instituições europeias ligadas ao programa Horizonte Europa, que assinaram acordos com o setor de defesa israelense, ignorando alertas do Tribunal Internacional de Justiça.


Petrobras entre as empresas citadas

A estatal Petrobras aparece entre as empresas que comercializam petróleo com Israel, ao lado de outras do setor de energia como Chevron, Glencore e NewMed Energy. O relatório não afirma que a estatal brasileira tenha rompido com tratados internacionais, mas destaca que qualquer suporte energético ajuda a manter o regime de ocupação e guerra.

Outro destaque é o envolvimento da CAF, empresa espanhola que, em consórcio com a Shapir Engineering, constrói bondes que interligam assentamentos ilegais na região de Jerusalém, desrespeitando frontalmente o direito internacional.


O Diário Carioca Esclarece

Por que a ONU fala em genocídio?
A destruição sistemática de infraestruturas civis e o bloqueio total à ajuda humanitária em Gaza caracterizam atos genocidas, segundo o Tribunal Internacional de Justiça.

As empresas podem ser responsabilizadas?
Sim. Segundo os Princípios da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos, companhias podem responder por cumplicidade em crimes de guerra e genocídio.

O que faz o Conselho de Direitos Humanos?
É um órgão da ONU que monitora violações globais. Seus relatórios não têm força de sanção imediata, mas pressionam diplomática e juridicamente os envolvidos.


Parimatch Cassino online
Redacao
Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Relacionadas

Trump elogia Lula na ONU e fala em “química excelente”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) ter se encontrado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da Assembleia...

França reconhece Estado Palestino durante cúpula da ONU em Nova York

Macron anuncia decisão histórica em meio ao massacre em Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos, e defende solução de dois Estados

Trump associa paracetamol ao autismo e sugere leucovorina como tratamento, sem respaldo científico

Comunidade médica e farmacêuticas contestam declarações do presidente dos EUA, que ligou analgésico a risco de autismo em grávidas

Lula diz que ‘tirania do veto’ impede ONU de evitar atrocidades e volta a afirmar que Gaza sofre ‘genocídio’

Presidente brasileiro discursou em conferência sobre a Palestina, em Nova York, na véspera de abrir a Assembleia Geral da ONU

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado da Palestina

Países ocidentais anunciam reconhecimento oficial e reforçam compromisso com a solução de dois Estados.

Mais Notícias

Assuntos:

Mais Notícias