Foto: Pexels Mohammed Abubakr

Genebra, 1º de julho de 2025 – Em relatório contundente, Francesca Albanese denuncia dezenas de empresas por envolvimento com o apartheid e o genocídio em Gaza. Fabricantes de armas, gigantes da tecnologia, bancos e até universidades são citados como cúmplices de crimes contra a humanidade.


ONU expõe conluio corporativo no genocídio palestino

No documento intitulado “Da Economia da Ocupação à Economia do Genocídio”, a relatora especial da ONU, Francesca Albanese, não poupa palavras: o extermínio promovido por Israel na Faixa de Gaza só é possível porque há lucro – e muito – envolvido.

Com apresentação ao Conselho de Direitos Humanos da ONU marcada para esta quinta-feira (4), o relatório detalha a atuação de mais de 90 empresas que lucraram ou deram suporte direto ao massacre de civis palestinos, à expansão de assentamentos ilegais na Cisjordânia e ao regime de apartheid israelense.


Armas, algoritmos e logística da morte

Na lista de empresas cúmplices aparecem nomes poderosos: Lockheed Martin, Elbit Systems, Leonardo SPA, Israel Aerospace Industries. São elas que fabricam drones, caças F-35 e F-36 e hexacópteros usados nos ataques que já deixaram dezenas de milhares de mortos e centenas de milhares de desabrigados.

Mas o apoio não é só militar. Segundo Albanese, Amazon, Google e Palantir Technologies são peças centrais no fornecimento de inteligência artificial e plataformas preditivas para bombardeios automatizados. A Palantir, ligada ao trumpismo e financiada pela Blackrock e Vanguard, integra dados de vigilância em tempo real com algoritmos letais.


Bancos e universidades financiam o apartheid

Os bancos Barclays, BNP Paribas e fundos como PIMCO aparecem como sustentadores financeiros do regime de Netanyahu. Subscreveram bilhões em títulos emitidos por Israel desde o início da escalada genocida em 2023.

O relatório também denuncia o papel de universidades, como o MIT e diversas instituições europeias ligadas ao programa Horizonte Europa, que assinaram acordos com o setor de defesa israelense, ignorando alertas do Tribunal Internacional de Justiça.


Petrobras entre as empresas citadas

A estatal Petrobras aparece entre as empresas que comercializam petróleo com Israel, ao lado de outras do setor de energia como Chevron, Glencore e NewMed Energy. O relatório não afirma que a estatal brasileira tenha rompido com tratados internacionais, mas destaca que qualquer suporte energético ajuda a manter o regime de ocupação e guerra.

Outro destaque é o envolvimento da CAF, empresa espanhola que, em consórcio com a Shapir Engineering, constrói bondes que interligam assentamentos ilegais na região de Jerusalém, desrespeitando frontalmente o direito internacional.


O Diário Carioca Esclarece

Por que a ONU fala em genocídio?
A destruição sistemática de infraestruturas civis e o bloqueio total à ajuda humanitária em Gaza caracterizam atos genocidas, segundo o Tribunal Internacional de Justiça.

As empresas podem ser responsabilizadas?
Sim. Segundo os Princípios da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos, companhias podem responder por cumplicidade em crimes de guerra e genocídio.

O que faz o Conselho de Direitos Humanos?
É um órgão da ONU que monitora violações globais. Seus relatórios não têm força de sanção imediata, mas pressionam diplomática e juridicamente os envolvidos.


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JR Vital - Diário Carioca

JR Vital

JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.

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