Beirute – O movimento palestino Hamas divulgou, nesta segunda-feira (2), acusações contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, atribuindo a ele a morte de 33 reféns israelenses em Gaza. O grupo alegou que os óbitos ocorreram devido à recusa de Netanyahu em aceitar propostas de cessar-fogo e troca de prisioneiros.
Entre as vítimas mencionadas, o Hamas detalhou mortes ocorridas durante bombardeios israelenses e confrontos diretos. Segundo o grupo, o número de vítimas pode crescer caso o premiê mantenha sua postura.
Quais foram os episódios mencionados pelo Hamas?
O Hamas apresentou uma lista de datas e circunstâncias que levaram às mortes dos reféns:
- 9 de outubro de 2023: Quatro reféns morreram em ataques junto aos seus captores.
- 14 de outubro de 2023: Bombardeios mataram nove reféns.
- 1º de março de 2024: Sete reféns morreram após ataques aéreos.
- 21 de outubro de 2024: Uma refém perdeu a vida em ataques ao norte de Gaza.
Outros incidentes envolvem mortes por conflitos diretos, como em 8 de dezembro, quando um soldado capturado foi morto em combate.
O que o Hamas diz sobre Netanyahu?
O grupo afirmou que a “teimosia” de Netanyahu contribui para as mortes e alertou para mais fatalidades caso a agressão continue. Eles insistem que a guerra coloca todos os prisioneiros em risco.
Como Israel respondeu?
Israel manteve ataques a Gaza desde 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas que capturou cerca de 200 reféns. As autoridades israelenses afirmam que 1.200 pessoas foram mortas na ofensiva inicial, mas investigações apontam que parte dos óbitos pode ter ocorrido por fogo amigo.
Além disso, protestos internos pressionam Netanyahu por negociações. Manifestantes o acusam de priorizar sua sobrevivência política em vez de buscar soluções.
Entenda o contexto do conflito
- Operação inicial: Hamas capturou reféns e Israel lançou ataques a Gaza.
- Números da crise: Mais de 44 mil mortos em Gaza, além de dois milhões de desabrigados.
- Cenário legal: O Tribunal Internacional de Justiça investiga Israel por genocídio.
- Protestos em Israel: A pressão interna exige troca de prisioneiros.