Londres – O jornal The Independent publicou um editorial neste domingo (11) pedindo que Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, rompa o silêncio sobre a situação em Gaza. O texto denuncia a paralisação da ajuda humanitária e as ações do governo israelense.
O editorial também critica a proposta de Donald Trump de transformar Gaza em uma “Riviera Mediterrânea”, considerando-a imoral e impraticável.
Críticas à resposta internacional
O editorial destaca que, após o ataque do Hamas em outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortes e 251 sequestros, houve apoio internacional ao direito de defesa de Israel. Contudo, 18 meses depois, a justificativa moral para a continuidade da guerra se perdeu, e a indignação se voltou contra as ações das Forças de Defesa de Israel.
A publicação aponta que mais de 52.000 civis palestinos morreram desde o início do conflito, segundo autoridades de saúde locais. A ajuda humanitária foi cortada e, mesmo quando parcialmente restaurada, foi interrompida novamente com a retomada dos combates.
Apelo por ação política
O The Independent insta Keir Starmer a se manifestar contra o bloqueio de ajuda humanitária e a pressionar líderes mundiais, incluindo Donald Trump, para responsabilizar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e encerrar o cerco a Gaza.
O jornal afirma que o silêncio do Reino Unido e de outros aliados de Israel é ensurdecedor e que é hora de agir para pôr fim ao sofrimento dos palestinos no enclave.
Propostas controversas
O editorial critica a ideia de Donald Trump de que os EUA assumam o controle de Gaza e transformem a região em uma “Riviera Mediterrânea”, considerando-a uma forma de limpeza étnica. Também condena as declarações do ministro das finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que sugeriu a destruição completa de Gaza e a realocação forçada de sua população.
Situação atual em Gaza
Desde o fim do cessar-fogo em março, Israel impôs uma proibição total à entrada de ajuda humanitária em Gaza. O editorial ressalta que a comunidade internacional, incluindo o Reino Unido, falhou em condenar essa medida, que agrava a catástrofe humanitária na região.
