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Ucrânia apela a Lula para furar silêncio de Putin

Chanceler ucraniano pressiona o Brasil para garantir encontro entre Zelensky e Putin em Istambul, enquanto Lula costura apoio com China

Brasília – Em mais um capítulo da guerra que já dura mais de três anos, a Ucrânia acionou o presidente Lula (PT) para pressionar Vladimir Putin a comparecer a uma reunião com Volodymyr Zelensky, marcada para esta quinta-feira (15) em Istambul.

O pedido partiu do vice-chanceler ucraniano, Andrii Sybiha, que entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, solicitando que o Brasil use sua influência diplomática para tirar o líder russo do casulo do Kremlin e colocá-lo frente a frente com seu rival ucraniano.


Ucrânia tenta usar Lula como ponte com Putin

A manobra da Ucrânia mostra um movimento claro: usar a neutralidade estratégica do Brasil como arma de convencimento. Em mensagem publicada no X (ex-Twitter), Sybiha reforçou a disposição de Zelensky em negociar diretamente e sem intermediários, mas pediu a ajuda brasileira para que Putin não fuja do convite como de costume.

Além disso, o diplomata ucraniano solicitou o apoio de Lula para um cessar-fogo de 30 dias, considerado o primeiro passo rumo a uma negociação mais robusta. A proposta surge justamente no momento em que a pressão internacional para uma trégua cresce exponencialmente.


Lula e Xi Jinping reforçam pressão por diálogo

Enquanto isso, Lula se encontrou com Xi Jinping na China, e juntos divulgaram uma declaração conjunta defendendo a mesma linha: diálogo direto entre Rússia e Ucrânia, sem pré-condições. Segundo o texto, “superar a insensatez dos conflitos armados” é condição básica para o desenvolvimento global.

O gesto sino-brasileiro mostra que o Brasil quer sim protagonismo no xadrez internacional, mas sem tomar partido — o que irrita tanto os aliados da OTAN quanto os entusiastas do Kremlin.


Putin recua, mas ainda resiste à mesa de negociação

No sábado (10), Putin chegou a propor “conversas diretas” com a Ucrânia, mas até agora não confirmou presença no encontro marcado para quinta-feira, com mediação do presidente Recep Tayyip Erdogan, da Turquia.

Ao mesmo tempo, líderes europeus — incluindo os da Alemanha, Reino Unido, França, Polônia e Ucrânia — exigem um cessar-fogo imediato, sem concessões. O Kremlin, por sua vez, respondeu com a frieza habitual: disse que “vai pensar” e que não aceitará “pressões externas”.


Brasil tenta bancar o pacificador do mundo

Desde 2023, Lula tenta se vender como mediador da paz — com recepção morna de ambos os lados. Agora, com o apelo ucraniano e a chancela da China, a diplomacia brasileira tenta sair da zona cinzenta e ganhar alguma relevância real.

Resta saber se o apelo a Lula surtirá efeito ou se o Brasil seguirá sendo apenas um espectador de luxo da maior crise geopolítica da década.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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