UE condena ataques de Israel à tropas da ONU no Líbano

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Por Redacao
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Bruxelas – A União Europeia criticou duramente os recentes ataques de Israel contra as tropas da ONU no Líbano, que fazem parte da missão UNIFIL.

O chefe da política externa da UE, Josep Borrell, declarou que os ataques são “completamente inaceitáveis” e reforçou a importância da atuação das forças de paz na região.

Pelo menos 15 soldados da missão foram feridos nas ações, que ocorreram durante confrontos entre Israel e o grupo Hezbollah no sul do Líbano.

A UNIFIL, composta por 10 mil soldados de 50 países, incluindo 16 membros da UE, foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança da ONU para manter a paz na fronteira entre Líbano e Israel.

Borrell destacou a legitimidade da missão e criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que acusou a ONU de atuar como “escudo humano” para o Hezbollah.

Ataques às tropas da ONU

No último fim de semana, as Forças de Defesa de Israel forçaram a entrada em uma base da UNIFIL, destruindo o portão principal. O incidente ocorreu durante uma operação militar terrestre no sul do Líbano, onde Israel enfrenta forças do Hezbollah, apoiado pelo Irã. O primeiro-ministro Netanyahu pediu a retirada das tropas da UNIFIL, alegando que elas facilitam as operações do grupo.

Borrell, contudo, ressaltou que a presença da UNIFIL no Líbano é uma decisão do Conselho de Segurança da ONU e não do secretário-geral António Guterres, como sugerido por Netanyahu. Ele também defendeu que o ataque viola o direito internacional e a missão da ONU deve continuar no local.

Apoio europeu à UNIFIL

Outros líderes da União Europeia apoiaram as críticas de Borrell. O ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmou que qualquer ataque contra a UNIFIL é uma violação das leis internacionais e reafirmou o compromisso espanhol com a missão de paz. Jean-Noël Barrot, da França, pediu o fim imediato das hostilidades, afirmando que a segurança de Israel não pode ser garantida somente pela força.

O ministro austríaco Alexander Schallenberg, um dos apoiadores tradicionais de Israel, também classificou os ataques como “simplesmente inaceitáveis”. Ele afirmou que a missão da UNIFIL permanecerá no Líbano e que é essencial que todas as partes respeitem a segurança dos capacetes azuis.


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Perguntas frequentes sobre os ataques à UNIFIL

O que é a UNIFIL?

A UNIFIL é uma força de paz da ONU criada em 1978 para monitorar o cessar-fogo entre Israel e Líbano. A missão conta com 10 mil soldados de 50 países.

Por que a União Europeia condenou os ataques de Israel?

A UE criticou o ataque por violar o direito internacional e colocar em risco a missão de paz no Líbano. O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, classificou a ação como “inaceitável”.

Quantos soldados ficaram feridos?

Pelo menos 15 soldados da UNIFIL ficaram feridos nos ataques.

O que disse o governo de Israel?

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a missão da ONU estaria facilitando as ações do Hezbollah, e pediu a retirada das tropas da UNIFIL do sul do Líbano.

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