546 réus do 8/1 fazem acordo com PGR e outros 237 são condenados

Acordo com a Procuradoria-Geral permite evitar condenações; penas incluem serviço comunitário e restrições.
30 de março de 2025
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© Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília – Entre os 1.604 réus acusados de envolvimento nos atos de 8 de janeiro, 546 firmaram acordos com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para evitar condenações. Outros 237 rejeitaram a proposta e receberam sentenças de um ano de reclusão.

As penas foram convertidas em serviços comunitários e restrição ao uso de redes sociais. Todos os envolvidos, independentemente do acordo, precisarão assistir ao curso “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado“, elaborado pela PGR.

Como funcionam os acordos

O Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) é permitido pelo Código Penal para crimes com penas mínimas de até quatro anos e réus sem antecedentes. Para aderir, é necessário confessar o crime e pagar multas entre R$ 5 mil e R$ 50 mil. Em alguns casos, a multa foi dispensada.

Quem não aceitou o acordo, além da multa, deve pagar R$ 5 milhões em indenizações, valor que será dividido entre todos os condenados. Essas pessoas também perderam passaporte e porte de arma e não podem deixar suas cidades até o fim da pena.

Sentenças mais severas

Entre os réus, 11 foram condenados a penas de dois anos e meio ou três anos. Segundo o relator Alexandre de Moraes, essas pessoas continuaram nos acampamentos após o dia 8 de janeiro, sendo presas em flagrante em 9 de janeiro.

Casos mais graves resultaram em condenações de 14 a 17 anos de prisão, para aqueles responsabilizados por depredação das sedes dos Três Poderes. Essas sentenças incluem crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado.

A bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a estátua “A Justiça” com batom, está entre os condenados.


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Entenda o caso: os desdobramentos do 8 de janeiro

  • Total de réus: 1.604
  • Acordos firmados: 546
  • Condenados a um ano: 237
  • Penas superiores a dois anos: 11
  • Penas entre 14 e 17 anos: aplicadas a crimes mais graves
  • Indenização: R$ 5 milhões, divididos entre os condenados
  • Curso obrigatório: “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”
  • Restrições: perda de passaporte, porte de arma e proibição de uso de redes sociais

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