Um dia após ser confirmado por Jair Bolsonaro como o candidato da direita à Presidência em 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) iniciou a articulação política de sua pré-candidatura. O primeiro gesto pedido aos aliados é a aprovação da anistia aos investigados e condenados pelos atos golpistas.
Em mensagem nas redes sociais, o parlamentar indicou a urgência da pauta. “O primeiro gesto a ser pedido a todas as lideranças políticas que se dizem anti-Lula é aprovar a anistia ainda este ano”, escreveu Flávio no X.
O senador argumentou que os golpistas não deveriam ser responsabilizados pelos crimes contra o Estado. “Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a direita!”.
A confirmação do nome de Flávio ocorreu na sexta-feira (5), após o ex-presidente, detido na carceragem da Polícia Federal em Brasília, comunicar a decisão aos aliados.
Discurso de Campanha e Reorganização da Direita
Nas redes, Flávio disse receber a missão com “grande responsabilidade” e classificou Bolsonaro como “a maior liderança política e moral do Brasil”. O senador reafirmou o compromisso de continuar “o nosso projeto de nação”.
Ao anunciar sua pré-candidatura neste sábado (6), Flávio adotou um discurso duro contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mobilizando referências religiosas para dialogar com sua base.
“Eu não vou ficar de braços cruzados enquanto vejo a esperança das famílias sendo apagada e nossa democracia sucumbindo”, afirmou. Ele declarou acreditar que Deus “abre portas, derruba muralhas e guia cada passo dessa jornada”.
A entrada oficial de Flávio Bolsonaro reorganiza o tabuleiro da direita. Michelle Bolsonaro deve concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, e a escolha de vice do senador deve recair sobre um nome de centro.
Do lado governista, o PT ensaia a repetição da chapa Lula-Alckmin. Já aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmam que o governador foi informado da decisão em encontros recentes com o próprio Flávio em São Paulo.
