Durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) ameaçou fisicamente o colega Lindbergh Farias (PT-RJ). O episódio ocorreu enquanto discutiam o recurso contra a cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ). Lindbergh relatou o incidente nas redes sociais, destacando o ambiente “insalubre” promovido pela extrema-direita no Congresso.
O petista mencionou que as agressões verbais começaram após sua defesa de Glauber, que enfrenta processo de cassação iniciado por Arthur Lira (PP-AL). Lindbergh comparou o atual clima político com períodos anteriores, citando embates com membros do PSDB que, apesar das divergências, mantinham o respeito mútuo.
Clima de tensão na CCJ
A confusão teve início quando Gilvan da Federal, em seu tempo como líder do PL, criticou duramente o governo Lula (PT), chamando o presidente de “descondenado” e acusando a gestão petista de corrupção. As declarações provocaram reação imediata de Lindbergh Farias, que solicitou questão de ordem com base no Regimento Interno da Câmara, que proíbe ofensas a autoridades.
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Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ouvir Gilvan desafiando Lindbergh a continuar a discussão fora do plenário: “Fala isso lá fora”. A situação exigiu intervenção de colegas parlamentares e da polícia legislativa para evitar agressões físicas.
Repercussão nas redes sociais
Após o ocorrido, Lindbergh Farias utilizou o X (antigo Twitter) para relatar o episódio e denunciar o clima hostil no Congresso. Ele afirmou que, durante a abordagem agressiva de Gilvan, pensou em revidar, mas optou por manter a calma. O petista também mencionou que já havia sido alvo de ataques semelhantes anteriormente.
Histórico de declarações polêmicas
Três semanas antes, em 8 de abril, Gilvan da Federal declarou abertamente desejar a morte do presidente Lula, incitando seus seguidores a cometerem violência contra o petista. O deputado também é conhecido por suas críticas contundentes ao governo e por declarações polêmicas em sessões parlamentares.
Processo contra Glauber Braga
O processo de cassação de Glauber Braga teve início após um incidente com um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), que abordou o deputado pela sétima vez com ofensas a ele e sua mãe, que estava internada e faleceu 15 dias depois. O episódio foi considerado uma perseguição política por membros da oposição.
