Ao menos quatro deputados federais admitiram arrependimento por terem votado a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada na última terça-feira (16) pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares divulgaram vídeos e notas pedindo desculpas a eleitores e partidos, após forte pressão nas redes sociais.
Os que recuaram foram:
- Pedro Campos (PSB-PE)
 - Merlong Solano (PT-PI)
 - Thiago de Joaldo (PP-SE)
 - Sylvie Alves (União-GO)
 
Retratações públicas
Pedro Campos, irmão do prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, afirmou que não só mudou de posição como já protocolou um mandado de segurança no STF contra a votação.
Merlong Solano, do PT, publicou um texto em que pede desculpas ao partido e ao povo do Piauí pelo “grave equívoco”.
Thiago de Joaldo disse que “vergonha é insistir no erro; coragem é assumi-lo de frente e lutar para consertar”.
Já Silvye Alves reconheceu que votou sob pressão de retaliações e desabafou:
“Acabei cedendo. Fui covarde.”
    Trâmite da PEC
A proposta foi aprovada por ampla maioria: 353 votos no primeiro turno e 344 no segundo. Agora, segue para análise do Senado Federal.
Entre os principais pontos, a PEC:
- amplia o foro privilegiado para presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso;
 - exige autorização prévia da Câmara ou do Senado para abertura de ações penais contra parlamentares;
 - reforça a blindagem de dirigentes partidários investigados, como Antonio de Rueda (União Brasil) e Valdemar Costa Neto (PL).
 
Reações críticas
A PEC vem sendo chamada por críticos de “PEC da Bandidagem”, em referência ao aumento da proteção judicial a políticos. Artistas, movimentos sociais e parlamentares já convocaram protestos em várias capitais no próximo domingo (21).
Enquanto isso, parte dos deputados tenta se desvincular da aprovação, em meio à pressão popular e às discussões que agora se concentram no Senado.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		