Brasília, 10 de agosto de 2025 – O ex-militante bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 57 anos, permanece foragido há 45 dias após mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 25 de junho. Ele foi condenado a nove anos e oito meses de prisão por planejar o atentado frustrado no Aeroporto de Brasília, ocorrido em 24 de dezembro de 2022, entre o segundo turno e a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva.
Atentado e ramificações do plano terrorista
A investigação revelou que George Washington adquiriu emulsões explosivas do Pará, montou o artefato e o entregou a Alan Diego dos Santos Rodrigues, encarregado de colocar a bomba em um caminhão-tanque no aeroporto. A bomba, com potência semelhante à dinamite, não detonou devido a falha técnica, evitando tragédia.
Alan Diego se entregou à polícia em janeiro de 2023, foi preso e transferido para Brasília, enquanto George Washington cumpria regime semiaberto até fevereiro de 2025. Depois de obter progressão para regime aberto, desapareceu antes do prazo para adaptação, frustrando tentativas de localização pelas autoridades.
Falhas do sistema e desafio à Justiça
Em maio de 2025, o caso foi encaminhado ao STF, que solicitou prisão imediata do condenado. O mandado segue em aberto e as forças policiais enfrentam dificuldades para capturar o foragido, sem confirmação se ele permanece no Brasil.
Este atentado faz parte de um conjunto de ações violentas organizadas por grupos radicais que contestaram o resultado das eleições presidenciais de 2022. A Procuradoria-Geral da República e o STF investigam não só os executores, mas também financiadores e articuladores dessas tentativas de subversão democrática.