A manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (21), terminou em tensão quando dois carros da Guarda Civil Metropolitana (GCM) avançaram sobre a multidão em frente ao MASP.
O episódio ocorreu durante discurso do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) e gerou gritos de indignação entre manifestantes.
Segundo o secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, a ação das viaturas tinha como objetivo retirar do local o ex-deputado bolsonarista Douglas Garcia, hostilizado após tentar gravar vídeos contra a esquerda durante o ato. O secretário responsabilizou o ex-parlamentar pela confusão.
Provocação e resposta
Relatos apontam que Douglas Garcia foi reconhecido por manifestantes, que reagiram com protestos. A situação rapidamente se agravou, e a presença das viaturas no meio da multidão intensificou o clima de tensão. Organizadores pediram calma e orientaram os participantes a não reagirem às provocações.
Prefeitura sob críticas
A GCM é subordinada à prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), alvo de críticas ao longo da manifestação por sua proximidade com setores conservadores. A condução do episódio deve ampliar a pressão sobre a gestão municipal.
Contexto político
As manifestações deste domingo reuniram milhares de pessoas contra a PEC da Blindagem, aprovada na Câmara, e contra o projeto de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Ambos são vistos como retrocessos democráticos e de impunidade para crimes de parlamentares e golpistas.