SÃO PAULO – A ausência de um representante do governo Lula (PT) no culto fúnebre da bispa Keila Ferreira, da Assembleia de Deus do Brás, gerou críticas de líderes evangélicos.
O pastor Silas Malafaia, aliado de Jair Bolsonaro, classificou o episódio como um “desprezo” ao segmento religioso.
O velório, realizado na segunda-feira (3), reuniu figuras da direita, como os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO) e Cláudio Castro (RJ), além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Malafaia questionou a ausência de um representante do Planalto e criticou a falta de um gesto de aproximação com os evangélicos.
Lideranças evangélicas cobram presença do governo
Durante a cerimônia, Malafaia destacou que “todo meio político estava lá”, reforçando sua insatisfação com a ausência de um enviado do governo federal. Para ele, a presença de um ministro representaria um sinal de respeito à comunidade evangélica e à memória da bispa Keila.
“Quando você tem um segmento social grande e que você acha importante, você manda um representante. Isso é política”, declarou. O pastor mencionou ainda a importância do bispo Samuel Ferreira, viúvo de Keila e uma das principais lideranças evangélicas do país.
Culto reuniu figuras políticas da direita
A cerimônia de despedida contou com a presença de políticos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os governadores de São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro compareceram, assim como o prefeito Ricardo Nunes. Bolsonaro, um dos principais nomes da direita no país, também esteve presente, reforçando o caráter político do evento.
A Assembleia de Deus do Brás, onde a bispa Keila atuava, tem cerca de 16 milhões de fiéis e 40 mil pastores. A igreja representa 45% dos evangélicos da Assembleia de Deus de Madureira, consolidando-se como uma das maiores do país.
Entenda a polêmica sobre o velório da bispa Keila
- Silas Malafaia criticou a ausência do governo Lula no culto fúnebre.
- O pastor chamou o fato de “desprezo” aos evangélicos.
- Políticos bolsonaristas compareceram ao evento, incluindo Jair Bolsonaro.
- O governo federal não enviou nenhum representante para a cerimônia.
- A Assembleia de Deus do Brás é uma das maiores igrejas evangélicas do país.