Brasília – Um dia depois de ironizar a possibilidade de ser preso, Jair Bolsonaro (PL) voltou atrás e admitiu que exagerou ao declarar que “cagou para a prisão”. Durante um evento do Partido Liberal (PL), o ex-presidente afirmou que sua intenção era mostrar que é “de carne e osso”.
Bolsonaro também afirmou que apenas setores da esquerda são contra o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A proposta ainda está em discussão no Congresso.
Bolsonaro volta atrás sobre declaração
No evento do PL, Bolsonaro reconheceu que sua fala foi um exagero. “Ontem eu exagerei um pouquinho, falando que estava assim para uma possível prisão. Exagerei um pouco, mas você exagera de vez em quando para mostrar que somos de carne e osso, e a verdade vem nesses momentos”, afirmou.
A declaração ocorreu um dia depois da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia contra o ex-presidente, acusando-o de liderar uma tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ironia sobre prisão e apoio à anistia
Na ocasião, Bolsonaro minimizou a possibilidade de ser preso e criticou o que chamou de perseguição judicial. “O tempo todo dizem: ‘Vamos prender Bolsonaro’. Caguei para a prisão. A turma que devolveu R$ 5 bilhões em delação premiada não tem nenhum preso”, declarou.
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Em relação à anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro, Bolsonaro afirmou que há apoio de outros partidos, além do PL. “Ela virá, temos conversado, os parlamentares têm colaborado. Parlamentares de outros partidos, a não ser a esquerdalha, dizem que estão favoráveis a essa anistia”, disse.
Recordação de momentos na Presidência
Em seu discurso, Bolsonaro relembrou seu mandato e afirmou que enfrentou momentos de emoção e pressão. “Procuro sempre não chorar em público. Dentro daquela sala vazia da Presidência, já chorei várias vezes. ‘Meu Deus, qual foi meu pecado pra estar aqui?’”, declarou.