Recife – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um evento com apoiadores na Padaria Boa Viagem, no Recife, nesta segunda-feira (24). Durante seu discurso, um manifestante o interrompeu com gritos de protesto, chamando-o de “vagabundo” e afirmando que ele seria preso. O ato, que reuniu um público menor do que o esperado, ocorreu dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciá-lo por tentativa de golpe de Estado.
O ex-mandatário desembarcou na cidade pela manhã e foi recepcionado pelo vereador Gilson Filho (PL) e por seu pai, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado. Durante a breve fala, que durou cerca de cinco minutos, Bolsonaro criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegou perseguição política e classificou as acusações contra ele como “papinho”.
Ato enfrenta protestos e baixa adesão
Durante o discurso, um homem se aproximou do público e gritou: “Vai ser preso, vagabundo!”. O protesto gerou reação imediata dos apoiadores, que tentaram abafar os gritos. Apesar disso, o incidente ganhou repercussão nas redes sociais.
O evento não teve a adesão esperada, refletindo um momento de desafios para o ex-presidente. Inelegível até 2030, Bolsonaro tenta manter sua relevância política, mas enfrenta resistência e questionamentos sobre sua influência.
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Acusação de tentativa de golpe
Na última terça-feira (18), a PGR denunciou Bolsonaro e outros 33 aliados por tentativa de golpe. A investigação aponta que o grupo conspirou para impedir a posse de Lula em 2023. A denúncia inclui membros do alto escalão do governo anterior, militares e assessores próximos.
Mesmo diante da acusação, Bolsonaro desafiou Lula para uma nova disputa eleitoral. “Quem decide quem vai ser o presidente é o povo. Se ele diz que defende a democracia, vem disputar comigo”, afirmou.