Brasília, 11 de julho de 2025 — Segundo informações da jornalista Daniela Lima, da Globo News, parlamentares do PL planejam ofensiva coordenada nas redes para reverter narrativa após tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil.
Princípios Intransigentes
A extrema direita brasileira voltou à trincheira da desinformação para tentar reescrever o impacto real das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A estratégia, capitaneada por parlamentares do PL, aposta em ações digitais clandestinas para manipular o debate público e atribuir a culpa ao presidente Lula e ao ministro Alexandre de Moraes — ignorando deliberadamente a origem da medida: o governo republicano de Donald Trump.
Grupos de WhatsApp entre deputados, senadores e influenciadores bolsonaristas compartilham uma campanha batizada de “Defendo o Brasil”, na qual instruem apoiadores a espalhar palavras-chave como “Culpa do Lula” e “chega de ditadura”. O objetivo não é argumentar — é inflamar. Não é esclarecer — é enganar.
Alvo real: a liberdade de expressão alheia
Mais do que fabricar versões distorcidas dos fatos, a operação do PL também prevê o monitoramento de perfis e publicações que defendem a resposta do governo às tarifas. A instrução repassada nos grupos bolsonaristas é clara: identificar campanhas pró-governo e denunciá-las às plataformas para tentar derrubar ou reduzir seu alcance.
Não se trata de disputa narrativa. Trata-se de censura privada via manipulação algorítmica, por parte de uma bancada que insiste em se colocar como guardiã da “liberdade de expressão”, mas atua sistematicamente para silenciar vozes divergentes.
Estratégia digital orquestrada com foco no WhatsApp
As mensagens apuradas indicam que a ação será disseminada principalmente em grupos de WhatsApp e redes de influência do bolsonarismo. É o mesmo circuito já usado em eleições anteriores para propagar desinformação em larga escala, contornar regulação e semear sabotagem informacional.
Não há qualquer menção a dados, argumentos econômicos ou posição diplomática. A retórica se concentra em três eixos: culpar Lula pelas decisões de Trump, associar as tarifas ao Supremo Tribunal Federal e propagar que há “censura” contra o bolsonarismo. Uma mentira tripla, moldada para viralizar, não para informar.
PL manipula crise externa para alimentar radicalização
A reação coordenada do PL à medida protecionista de Trump revela uma escolha política: ao invés de condenar o ataque comercial dos Estados Unidos, a bancada opta por proteger o ex-presidente norte-americano e transformar a agressão econômica em munição eleitoral.
Enquanto o governo Lula mobiliza o Itamaraty, o Ministério do Desenvolvimento e articula retaliações via Lei da Reciprocidade Econômica, o bolsonarismo digital investe na sabotagem do debate. Para eles, o prejuízo ao Brasil não é um problema — é uma oportunidade de campanha.
Oposição aposta na mentira como método de sobrevivência
Não é a primeira vez — e não será a última. A lógica é conhecida: diante de uma derrota material (neste caso, uma imposição tarifária vinda da ultradireita norte-americana), o bolsonarismo abandona os fatos e adere à radicalização online. A verdade não importa. Importa apenas o engajamento, a viralização, o impacto artificial da mentira amplificada.
Com a ofensiva digital já em curso, a resposta não será técnica — será política. O país assiste, mais uma vez, à tentativa de captura do debate público por quem não tem argumentos, mas controla robôs, redes paralelas e um exército disposto a transformar qualquer tragédia nacional em campanha permanente contra o Estado de Direito.
Perguntas e Respostas
Quem está por trás da campanha digital?
Deputados e senadores do PL, com apoio de influenciadores bolsonaristas.
Qual o objetivo da ação nas redes?
Culpar Lula e Alexandre de Moraes pelas tarifas de Trump e silenciar conteúdos pró-governo.
A campanha envolve manipulação de plataformas?
Sim. O grupo orienta denúncias em massa para derrubar postagens favoráveis ao governo.
Por que a direita não critica Trump pelas tarifas?
Porque o bolsonarismo prefere proteger seu aliado ideológico a defender o Brasil.
Onde a campanha será disseminada?
Principalmente via WhatsApp e redes bolsonaristas de desinformação.
