Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensifica seus esforços para influenciar a escolha de um candidato da direita para as eleições presidenciais de 2026, apesar de estar inelegível.
Bolsonaro reforça seu controle sobre possíveis nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e faz críticas a governadores como Ronaldo Caiado (União) de Goiás e Ratinho Jr. (PSD) do Paraná.
O ex-presidente sinalizou que, embora Tarcísio seja o favorito para liderar o “bolsonarismo” em 2026, sua candidatura precisaria do aval de Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, ele tenta minimizar a influência de Tarcísio no avanço de Ricardo Nunes (MDB) ao segundo turno em São Paulo, atribuindo o sucesso eleitoral ao próprio Bolsonaro.
Estratégias de Bolsonaro
Bolsonaro busca manter a liderança dentro da direita e evitar que figuras como Zema ou Caiado assumam protagonismo.
Em conversas internas, o ex-presidente já deixou claro que não apoiará Zema ou Caiado, especialmente porque ambos se posicionaram contra o PL em seus estados nas eleições municipais de 2024.
Zema, governador de Minas Gerais, se movimenta nos bastidores, visando uma possível posição de vice em uma chapa liderada por Tarcísio. Entretanto, Bolsonaro ainda mantém Tarcísio como sua principal aposta, mesmo com a crescente popularidade de Zema.
Rivalidades regionais
Em Goiás, Bolsonaro elevou o tom contra Ronaldo Caiado, acusando o governador de estar alinhado com o PT, o que, segundo ele, enfraquece a posição de Caiado entre eleitores de direita. Bolsonaro chegou a chamar Caiado de “rosnador” durante um comício em Goiânia, aumentando a tensão entre os dois.
No Paraná, Ratinho Jr., que anteriormente mantinha uma boa relação com Bolsonaro, também virou alvo do ex-presidente.
A rivalidade se intensificou após o PL decidir apoiar a candidata Cristina Graeml (PMB) contra o candidato apoiado por Ratinho em Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD).
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