O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende restringir o acesso de visitantes em sua prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão vem após o político reclamar de encontros com parlamentares com quem não mantém relação próxima.
Aliados confirmam filtro de visitas
Segundo fontes próximas, o ex-capitão passará a avaliar pessoalmente os pedidos antes de encaminhá-los à análise de Moraes. Ele estaria incomodado com autorizações concedidas a deputados sem vínculo político direto, obtidas por solicitação própria ao STF.
Encontros recentes e agenda
Na quarta-feira (13), Bolsonaro recebeu o empresário Renato Araújo, candidato do PL à Prefeitura de Angra dos Reis, com quem conversou pouco sobre política. Ainda nesta semana, deve receber o deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara. Na semana anterior, o político recebeu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e a vice-governadora Celina Leão (PP-DF).
Moraes autoriza pouco mais da metade dos pedidos
Desde 4 de agosto, Alexandre de Moraes autorizou 34 dos 64 pedidos para visitar Bolsonaro. Entre os nomes que conseguiram permissão estão Tarcísio, Celina, os deputados federais Altineu Côrtes (PL-RJ) e Zucco, além de familiares, médicos e seguranças. Parte dos 30 pedidos negados foi rejeitada por não terem sido apresentados pela defesa, mas pelos próprios interessados.
Solicitações pendentes e negativas
Ainda aguardam decisão os pedidos do senador Jorge Seif (PL-SC) e dos deputados Osmar Terra (PL-RS) e Marco Feliciano (PL-SP). O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também teve a solicitação barrada, mesmo após pedido direto de Bolsonaro a Moraes.