Boneco de Trump é queimado em ato na Paulista

por 10 de julho de 2025
Frente Povo Sem Medo e MTST lideram protesto que durou horas, criticando tarifaço, extrema-direita e Congresso
Foto: Reprodução Redes Sociais
Atualizado em 25/11/2025 01:43

São Paulo, 10 de julho de 2025 — Manifestantes queimaram um boneco de Donald Trump em protesto na Avenida Paulista contra a tarifa de 50% dos EUA e a agenda da direita brasileira.


Protesto que mistura economia e luta política

Milhares ocuparam a Paulista, organizados por Frente Povo Sem Medo, MTST, CUT, UGT, PT e PSOL. A queima do boneco simbolizou o repúdio à retaliação norte-americana ao julgamento de Bolsonaro, promovida por Trump. Integrantes denunciaram “imperialismo americano” e críticas a figuras como Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Hugo Motta.

Direitos sociais e soberania

O protesto, além de criticar o tarifaço, voltou seu foco ao fim da jornada 6×1, à taxação dos super-ricos e à manutenção da isenção de IR para renda até R$ 5 mil. Rui Falcão, do PT, chamou a tarifa americana de “absurda e incentivada por bolsonaristas”. Natalia Szermeta, do MTST, repudiou a postura da oposição: “Eles nunca foram patriotas, nem Bolsonaro, nem sua família”.

Resistência e pluralidade nas ruas

Ana Carla Perles, da Frente Povo Sem Medo, avisou que “se Trump não recuar, novas manifestações virão”. Havia jovens, trabalhadores e lideranças populares, reforçando a pluralidade do ato. A postagem de Lula sobre o tema teve engajamento três vezes maior que a de Bolsonaro.

Soberania em primeiro lugar

Faixas e gritos denunciavam a “submissão” da direita brasileira a interesses estrangeiros. Boulos classificou os manifestantes como “verdadeiros patriotas”, contrapondo-se ao “fala fino com os EUA” da direita brasileira. A militância usou mídia digital e slogans como “Lula quer taxar os bilionários; Bolsonaro quer taxar o Brasil”.


O Diário Carioca Esclarece


FAQ (Perguntas Frequentes)

Por que queimaram o boneco de Trump?
Para simbolizar repúdio ao “tarifaço” de 50% imposto pelos EUA, considerado agressão e intervenção.

Quem convocou o protesto?
Frente Povo Sem Medo e MTST, com apoio de centrais sindicais e partidos de esquerda.

O que dizem os manifestantes além do protesto econômico?
Apontam a submissão da direita brasileira e defendem direitos trabalhistas, justiça tributária e soberania.

JR Vital

JR Vital

JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.