A federação União Progressista, formada por Progressistas (PP) e União Brasil e ainda no aguardo de homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enfrenta seu primeiro grande teste antes mesmo de existir formalmente. A possibilidade de lançar Sergio Moro como candidato ao governo do Paraná em 2026 expôs divergências internas e aprofundou o desgaste entre as duas siglas.
Veto progressista
O PP, que integra a base de apoio do governador Ratinho Júnior (PSD), rejeitou a candidatura de Moro. Dirigentes do partido argumentam que o senador não conseguiu construir consenso interno nem reunir apoio suficiente para representar a federação no estado.
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Regra das federações
Segundo o partido, a ausência de unidade inviabiliza o registro de uma candidatura única, exigência legal das federações partidárias, que precisam manter alianças unificadas por, no mínimo, quatro anos.
Reação do União Brasil
A decisão provocou forte reação no União Brasil. O presidente nacional da sigla, Antonio Rueda, afirmou que o partido continuará defendendo a “homologação da candidatura” de Sergio Moro e criticou o que chamou de “vetos arbitrários”.
Argumento eleitoral
Para Rueda, o senador lidera as pesquisas no estado e deveria ser o nome natural da aliança no Paraná, posição que amplia o impasse entre as direções partidárias.
Base governista em jogo
O PP sustenta que a candidatura de Moro é incompatível com sua posição na base do governo Ratinho Júnior, principal fator por trás da resistência progressista. A sigla teme um rompimento político no estado caso avance com o projeto.
Tentativa de acomodação
Apesar do confronto público, Rueda e o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, afirmam que o tema ainda será discutido pela direção da futura federação. Na segunda-feira, Ciro declarou esperar que o conflito não comprometa a formalização da União Progressista.
Clima nos estados
Os partidos protocolaram na última semana o pedido de registro da federação no TSE, mas já acumulam atritos em diretórios estaduais, cenário que se intensificou com a disputa paranaense.
Barros fecha a porta
No Paraná, um dos principais líderes do PP, o deputado federal Ricardo Barros, foi categórico ao afirmar que “não há possibilidade” de o partido apoiar Moro em 2026. Ele sugeriu que o senador busque outra legenda se quiser disputar o governo estadual.
Posição consolidada
Segundo Barros, a decisão do partido está consolidada e não será revertida por pressões internas da federação.
O que diz o estatuto
O estatuto da União Progressista, ainda sob análise do TSE, prevê um rito para resolver impasses desse tipo. Caso as divergências persistam nas convenções de 2026, caberá à direção nacional da federação a palavra final sobre a candidatura no estado.
Tentativa de trégua
Nas redes sociais, Antonio Rueda afirmou que pretende dialogar com o PP “buscando o melhor para o Paraná e para a aliança”. Já Ciro Nogueira, após reunião em Curitiba, declarou que não interferirá na decisão da direção estadual do partido.
