O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) detonou governadores alinhados à direita, classificando-os como “ratos” por supostamente abandonarem o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.
A publicação, compartilhada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusa os aliados de falha na defesa do ex-presidente e de negligência diante do que chamou de “destruição dos direitos humanos no Brasil”.
Ataques diretos e acusação de covardia
Em tom agressivo, Carlos Bolsonaro afirmou: “Todos vocês se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são diferentes dos petistas que dizem combater.
Limitam-se a gritar ‘fora PT’, mas não entregam liderança, não representam o coração do povo. Querem apenas herdar o espólio de Bolsonaro, se encostando nele de forma vergonhosa e patética”.
O vereador direcionou críticas especialmente a governadores que prometem apoio aos investigados na chamada “trama golpista” de 8 de janeiro de 2023, mas que, segundo ele, recuam sob justificativas de “prudência” ou “sofisticação técnica”.
Contexto da prisão domiciliar de Bolsonaro
Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 18 de julho, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após descumprir medidas cautelares no processo que apura sua participação na tentativa de golpe pós-eleições de 2022.
O ex-presidente usa tornozeleira eletrônica, tem circulação restrita e está proibido de acessar redes sociais.
Repercussão internacional e radicalização familiar
O episódio ganhou repercussão internacional após Eduardo Bolsonaro pressionar o governo de Donald Trump a intervir no caso, movimento que levou o ex-presidente americano a impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, intensificando tensões diplomáticas.
A postagem de Carlos Bolsonaro foi imediatamente repostada por Eduardo Bolsonaro, reforçando a estratégia da família de radicalizar o discurso contra aliados considerados “frouxos”.
Apesar de governadores do PL em estados como São Paulo (Tarcísio de Freitas), Rio de Janeiro (Cláudio Castro) e Minas Gerais (Romeu Zema), a família Bolsonaro critica a postura moderada em relação ao STF e ao governo Lula.