A máscara caiu. O Centrão – essa direita enrustida que sequestrou o Congresso – mostrou sua verdadeira face: uma organização criminosa que usa chantagem institucionalizada para proteger bandidos de colarinho branco. A PEC da Blindagem não é apenas um projeto; é a legalização da impunidade, a consagração do crime como política de Estado.
Enquanto 60 milhões de brasileiros lutam por luz elétrica com a MP da Tarifa Social prestes a caducar, essa elite podre negocia voto secreto para evitar que políticos corruptos sejam presos. É a mais pura expressão do projeto de poder das classes dominantes: manter privilégios mesmo que sobre corpos da população faminta.
Como a chantagem funciona na prática
O Centrão ofereceu ao PT a mais cínica das trocas: “Aprovem a PEC que acaba com a Justiça no Brasil, e nós protelamos a anistia aos golpistas do 8 de Janeiro”. Traduzindo: “Deixem nós matarmos a Justiça, e nós deixamos vocês respirarem por mais alguns dias”.
Hugo Motta, esse presidente da Câmara que deveria defender o povo, foi o maestro da negociata. Ameaçou descaradamente: sem votos para a blindagem, a governabilidade acaba. Ou seja: ou o governo compactua com a corrupção, ou terá o Congresso fechado. É o lawfare da bandidagem política contra a democracia.
Por que esta PEC é a morte da Justiça
A PEC da Blindagem é a institucionalização da máfia política. Ela restaura o voto secreto para que deputados possam, nas sombras, salvar colegas presos por desviar milhões. Cria um prazo de 90 dias para engavetar processos. E ainda estende o foro privilegiado a chefes de partido – a mais descarada proteção a criminosos.
Querem transformar o Congresso num clube onde bandidos julgam bandidos. Um lugar onde o mensaleiro vota para absolver o desviador de verba pública, onde o corrupto protege o golpista, onde todos se salvam menos o povo brasileiro.
Quem são os verdadeiros donos do poder
O Centrão não é “centro”. É a direita mais reacionária, herdeira dos coronéis, dos torturadores, dos que sempre usaram o Estado para roubar e oprimir. São os mesmos que apoiaram a ditadura, que engavetaram a reforma agrária, que mataram Marielle Franco.
Agora, mostram seu projeto: um Brasil onde político não vai para a cadeia, onde o crime compensa, onde a lei é só para os pobres. Enquanto o trabalhador é preso por furto de comida, o deputado que desvia milhões tem direito a voto secreto para se safar.
O que está em jogo para o povo
Enquanto negociam impunidade para golpistas, a MP da Tarifa Social – que daria luz gratuita para 20 milhões de famílias – está sendo sacrificada. A conta de luz do rico continua subsidiada, mas a do pobre pode voltar a pesar no orçamento.
É assim que funciona o pacto das elites: o povo paga a conta, a bandidagem fica impune. Os mesmo políticos que cortaram verbas da educação, da saúde, da segurança, agora encontram tempo e urgência para se autoproteger.
Por que resistir é fundamental
A recusa do PT em aceitar esta negociata criminosa – ainda que tardia – é um alento. Mostra que ainda há limites éticos na política. Mas não basta recusar; é preciso denunciar, expor, combater esta máfia que se instalou no Congresso.
O povo brasileiro precisa conhecer os nomes dos deputados que votarem esta vergonha. Precisa lembrar na hora do voto que enquanto faltava remédio no SUS, eles estavam votando para não irem para a cadeia.