O diretor do Departamento de Polícia Legislativa Federal, Marcelo Guedes de Resende, contradisse a versão oficial da Câmara dos Deputados sobre as agressões a jornalistas no Salão Verde. Resende, filmado atacando profissionais de imprensa, afirmou que a ordem para a retirada forçada partiu diretamente da Presidência da Casa, desmentindo Hugo Motta (Republicanos-PB).
Versão Oficial Cai Por Terra
Após a violenta confusão na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta, havia negado, via assessoria, ter ordenado o uso da força contra a imprensa. A ação ocorreu durante o protesto do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que ocupou a cadeira da Presidência.
O chefe da Polícia Legislativa, porém, confirmou que as diretrizes para a atuação vieram da cúpula. Resende foi flagrado por câmeras e celulares empurrando e agredindo repórteres e cinegrafistas que cobriam o tumulto.
As imagens da pancadaria circularam rapidamente nas redes e nos telejornais, expondo a violência contra os profissionais de comunicação.
Violência Durante o Protesto
O incidente ocorreu na terça-feira (9 de dezembro de 2025), quando Glauber Braga ocupou a cadeira da Presidência em crítica à condução dos trabalhos por Hugo Motta. A segurança foi acionada para remover o parlamentar, gerando um grande empurra-empurra.
Profissionais de imprensa, que se concentravam na saída do Plenário, foram alvo de empurrões, pontapés e socos enquanto os agentes abriam caminho para Glauber se dirigir ao local onde concederia entrevistas.
O deputado criticou a disparidade no tratamento: “Precisava disso? Precisava dessa violência? Só pedi o mínimo: que me tratassem com o mesmo respeito que tiveram com aqueles que sequestraram a Mesa da Câmara por 48 horas”, declarou Glauber, referindo-se a episódios de invasão menos reprimidos.

