Após quatro candidaturas à Presidência da República, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) confirmou que não voltará a disputar o cargo em 2026. As informações são de O Globo.
Em entrevista à rádio Itatiaia, nesta sexta-feira (19), Ciro afirmou que não deseja mais “importunar os eleitores” e levantou dúvidas sobre a capacidade de qualquer liderança resolver os problemas atuais do país.
“Cada vez que me candidatei, eu tinha capacidade; sabia que dava conta de resolver o problema. Hoje, tenho dúvidas se alguém tem capacidade de resolver o tamanho do abacaxi que essa maluquice de Lula e Bolsonaro produziu no país”, disse, em referência à polarização.
Polarização e críticas a Lula e Bolsonaro
Ciro criticou diretamente a disputa política entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, a rivalidade entre os dois aprisiona o debate público e impede avanços.
Segundo o pedetista, a polarização consolidada desde 2018 tornou mais difícil a construção de alternativas viáveis no campo político.
Relevância política mesmo fora da disputa
Apesar de anunciar que não concorrerá novamente ao Planalto, Ciro ainda é lembrado pelos eleitores. Levantamento da Genial/Quaest, divulgado na quinta-feira (18), mostrou que, em um cenário hipotético contra Lula em 2026, ele aparece como o nome mais competitivo da oposição: 40% a 33% em favor do atual presidente.
Convites de partidos e futuro político
Mesmo fora da corrida presidencial, Ciro continua sendo alvo de articulações partidárias. Dirigentes do PSDB e do União Brasil já sondaram o ex-ministro para integrar futuras alianças.
Em agosto, ele participou do evento que marcou a federação entre União Brasil e PP. Nos bastidores, tucanos discutem a possibilidade de lançar Ciro candidato ao governo do Ceará em 2026, em um movimento que teria apoio de partidos ligados à base de Bolsonaro.