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Congresso trama traição ao Brasil e acelera pauta da anistia enquanto STF julga Bolsonaro

Tarcísio de Freitas e Silas Malafaia reforçam articulação; expectativa é de votação em até duas semanas na Câmara.

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) avança no julgamento da trama golpista, aliados de Jair Bolsonaro (PL) intensificam no Congresso Nacional a articulação pela anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. As informações sã ode Andrea Sadi, em seu blog no G1.

Nos bastidores da Câmara dos Deputados, a proposta avança em ritmo acelerado, com prazo de duas semanas para chegar ao plenário.

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Julgamento de Bolsonaro: Os crimes e as defesas de cada réu


Tarcísio e Malafaia na linha de frente

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assumiu papel ativo nas negociações, descrito por interlocutores como uma entrada “de corpo e alma”. Ao seu lado, o pastor Silas Malafaia e dirigentes do PL discutem detalhes do texto diretamente com a família Bolsonaro, em especial com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atua como elo internacional contra o STF, e o influenciador Paulo Figueiredo.

Leia mais: Silas Malafaia tem um plano para libertar Bolsonaro em até 90 dias

Essa mobilização reforça a estratégia de criar um bloco sólido em torno da anistia, que teria como efeito prático blindar não apenas executores, mas também os articuladores da tentativa de golpe.


Câmara pressiona pelo avanço da votação

Segundo fontes ouvidas pelo Diário Carioca, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem afirmado a líderes governistas que, se houver clima político favorável e votos suficientes, “não terá como segurar” a votação.

Líderes do centrão avaliam que a base para aprovar a medida – que exige maioria simples – já existe. A expectativa é que Motta aguarde o momento mais oportuno para evitar um choque frontal com o STF, que simultaneamente conduz o julgamento dos responsáveis pelo 8 de janeiro.


Disputa sobre o alcance da anistia

O ponto de maior divergência entre aliados de Bolsonaro é a extensão do benefício. A ala mais radical, liderada por Eduardo Bolsonaro, defende uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, capaz de atingir tanto executores quanto financiadores e planejadores dos atos.

Esse formato poderia beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive revertendo sua inelegibilidade. Setores do centrão, no entanto, trabalham para “calibrar” o texto, restringindo seu alcance para evitar desgaste com a opinião pública e a Justiça.


Conexão entre Congresso e julgamento no STF

O avanço da pauta ocorre em paralelo ao julgamento da trama golpista no STF, expondo um cenário de tensão institucional. O esforço pela anistia é interpretado por setores progressistas como tentativa explícita de desafiar a autoridade da Suprema Corte e de criar um atalho para reabilitar o ex-presidente no jogo político.

A ofensiva no Congresso mostra que, longe de recuar, os aliados de Bolsonaro aceleram a corrida para aprovar a medida, mesmo em meio ao escrutínio judicial.


A pauta da anistia avança velozmente no Legislativo enquanto o STF julga a tentativa de golpe, revelando um confronto direto entre instituições. A estratégia de blindagem a Jair Bolsonaro e seus aliados expõe a fragilidade democrática diante da força de articulações parlamentares movidas por cálculo eleitoral e sobrevivência política.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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