O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), vem sendo alvo de ameaças de morte em decorrência de sua postura firme diante das pressões bolsonaristas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
As intimidações, segundo fontes da Casa, se intensificaram nas últimas semanas, com indícios de monitoramento constante dos deslocamentos do parlamentar em Brasília e em seu estado natal, o Amapá.
De acordo com informações obtidas por autoridades legislativas, o caso mais grave envolve um homem identificado como extremista, que teria seguido os passos de Alcolumbre de forma obsessiva, registrando suas aparições públicas e rotas de deslocamento. A conduta foi considerada “alarmante” por técnicos do Senado, levando à abertura de investigações sigilosas sob responsabilidade conjunta da Polícia Federal (PF) e dos órgãos de segurança do Congresso Nacional.
As ameaças estão diretamente relacionadas à resistência de Alcolumbre em atender às demandas da base bolsonarista, que pressiona pela tramitação de pedidos de impeachment contra ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes. Atualmente, 41 processos desse tipo permanecem paralisados na Mesa Diretora do Senado, sem qualquer previsão de avanço.
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Além disso, Alcolumbre tem se posicionado publicamente contra a anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, tema que segue mobilizando grupos radicais e parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A firmeza institucional do senador o transformou em alvo de ataques coordenados em redes sociais e canais extremistas, que o acusam de “proteger” o STF e de “impedir a justiça” contra os ministros.
Fontes do Senado informaram que as medidas de segurança pessoal foram reforçadas, com monitoramento constante de ameaças virtuais e vigilância em deslocamentos oficiais.
Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada, mas a investigação permanece em curso e o conteúdo das mensagens é considerado grave e de risco real à integridade física do parlamentar.
💬 Declaração de contexto institucional:
A Presidência do Senado e a Polícia Legislativa mantêm silêncio sobre os detalhes da operação por motivos de segurança. Fontes próximas a Alcolumbre afirmam, no entanto, que o senador “não pretende recuar de suas responsabilidades constitucionais” e seguirá atuando “em defesa da democracia e das instituições”.
🧭 Contexto político:
A escalada de hostilidade ocorre em meio à tentativa de rearticulação política do bolsonarismo no Congresso, que busca enfraquecer o STF e retomar influência sobre temas de segurança e justiça. O impasse entre o Legislativo e o núcleo mais radical da oposição reflete o clima de tensão institucional que ainda persiste após os ataques de 8 de janeiro.
