Brasília – O Senado Federal elegeu, neste sábado (1º), Davi Alcolumbre (União-AP) como novo presidente da Casa para um mandato de dois anos. Ele já ocupou o cargo entre 2019 e 2021 e volta com uma base de apoio ampla, reunindo tanto governistas quanto oposicionistas. Com 73 votos dos 81 possíveis, Alcolumbre venceu com folga e consolidou sua influência no Legislativo.
Alcolumbre fortalece articulação política
O senador do União Brasil se destacou nos últimos anos pela capacidade de construir alianças. Durante a gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Alcolumbre permaneceu influente, presidindo a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais relevante do Senado.
O resultado da eleição reflete a busca por estabilidade política dentro da Casa, trazendo para a nova Mesa Diretora representantes de diferentes espectros. O PL, principal legenda de oposição, garantiu a primeira vice-presidência com Eduardo Gomes (PL-TO), enquanto o PT, partido do presidente Lula, indicou Humberto Costa (PT-PE) para a segunda vice-presidência.
Partidos divergiram na votação
Apesar da expressiva vantagem de votos, algumas siglas adotaram posições diferentes. O Novo e o PSDB foram os únicos partidos que se posicionaram contrários à candidatura de Alcolumbre. Já o Podemos optou por liberar seus parlamentares para votarem livremente.
Compromisso com a independência do Senado
No discurso após a vitória, Alcolumbre enfatizou a importância da autonomia do Legislativo:
“Não haverá democracia forte sem um Congresso livre, sem um Parlamento firme, sem um Senado soberano, autônomo e independente”, declarou.
Questão das emendas parlamentares
O novo presidente do Senado também indicou que atuará pela liberação das emendas parlamentares, suspensas pelo ministro do STF Flávio Dino, que apontou falta de transparência no processo. O governo havia negociado a liberação dos recursos com o Parlamento, e Alcolumbre deve pressionar pela retomada.
Entenda o caso: a eleição de Davi Alcolumbre no Senado
- Reeleição: Alcolumbre retorna ao cargo que ocupou entre 2019 e 2021.
- Votação expressiva: Recebeu 73 dos 81 votos possíveis.
- Apoio político: Contou com adesão de governistas e opositores.
- Nova Mesa Diretora: PL assume a primeira vice-presidência, PT fica com a segunda.
- Prioridade: Trabalhar para a liberação das emendas parlamentares suspensas pelo STF.