Criou Juízo

Deputada evangélica Renilce Nicodemos retira apoio ao “PL do Estupro”: “Favorece estupradores”

Renilce Nicodemos afirma que projeto não favorece mulheres

A deputada Renilce Nicodemos é uma das autoras do “PL do aborto”. Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara
A deputada Renilce Nicodemos é uma das autoras do “PL do aborto”. Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara

Brasília – A deputada evangélica Renilce Nicodemos (MDB-PA) solicitou à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados a retirada de seu nome do “PL do Aborto”. A parlamentar estava na lista de 32 deputados que assinam o projeto como autores.

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O que você precisa saber

  • Renilce Nicodemos retira apoio ao “PL do Aborto”.
  • Deputada evangélica diz que o projeto não protege mulheres e crianças.
  • O projeto prevê pena de homicídio simples para mulheres que abortarem após 22 semanas de gestação.
  • Principal autor do projeto é o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Motivos da Retirada

Renilce Nicodemos, integrante da bancada evangélica, afirmou ser contra o aborto, exceto nos casos previstos em lei. Após analisar o projeto, percebeu que ele não estava “de acordo” com sua visão de proteção às mulheres e crianças. “Antes eu tinha entendido que era um projeto que daria benefícios e proteção às mulheres. Mas fui me aprofundar e vi que no texto tem uns parágrafos que diz que a mulher terá pena maior do que o próprio estuprador”, disse à Folha de S.Paulo.

Impacto do Projeto

O PL do Aborto propõe aplicar a pena de homicídio simples a mulheres que abortarem após a 22ª semana de gestação. Nicodemos afirmou que o texto favorece quem comete crimes contra mulheres e decidiu retirar sua assinatura. “Preferi fazer a retirada da assinatura porque tenho certeza absoluta que esse projeto não irá favorecer nem as mulheres nem as nossas crianças, somente esses agressores e estupradores. Sou contra o projeto”, afirmou.

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Posicionamento dos Autores

A deputada chegou a ser sondada para ser relatora do texto, mas recusou. O principal autor do projeto, deputado Sóstenes Cavalcante, declarou que vai pressionar os colegas para votar o projeto ainda neste semestre. Ele também mencionou que, caso o “PL do Aborto” não avance, a Câmara pode votar o Estatuto do Nascituro, que é “muito mais pró-vida”.