Crocodilo

Eduardo Bolsonaro faz vídeo tentando chorar nos EUA e diz ser perseguido

Deputado grava declaração nos EUA em meio a investigação sobre conspiração contra o Brasil

Redacao
Por Redacao
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Washington – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou um vídeo afirmando ser alvo de perseguição política. A gravação acontece enquanto ele segue nos Estados Unidos, onde enfrenta a possibilidade de ter o passaporte retido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga o parlamentar por suposta conspiração contra o Brasil e questiona suas frequentes viagens internacionais.

“Agora, se vocês quiserem realmente saber o que é uma ação criminosa, vejam quem está sendo julgado na Suprema Corte, que deveria guardar a Constituição, mas está condenando senhorinhas à cadeia e perseguindo opositores”, declarou Eduardo, simulando um choro no final do vídeo.

Investigações e pressão no STF

A ação contra o deputado foi movida por parlamentares do PSOL, que solicitaram à PGR uma apuração sobre suas viagens e possível envolvimento em articulações contra o Brasil. Além disso, ele é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, encaminhou à PGR duas notícias-crime apresentadas pelo PT e pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG). Eles pedem que Eduardo seja impedido de deixar o Brasil para evitar novas movimentações no exterior.

Declaração nas redes sociais

No último domingo (2), o parlamentar publicou no X (antigo Twitter) que está nos EUA “combatendo uma ditadura” no Brasil. A declaração ocorreu em meio ao debate sobre a possibilidade de sua retenção.

A fala gerou reações. O deputado Mário Frias (PL-RJ) defendeu Eduardo, afirmando que ele “já é alvo há bastante tempo” por denunciar “violadores de direitos humanos”. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro respondeu: “Não se combate uma ditadura estando dentro de seu território”.

Conexão com a extrema-direita global

As frequentes viagens de Eduardo Bolsonaro aos EUA têm sido alvo de questionamentos. Ele busca se tornar presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara para ampliar sua influência em pautas alinhadas à extrema-direita internacional. Caso assuma o cargo, analistas apontam que o parlamentar pode transformar o colegiado em um instrumento de pressão contra o STF e o ministro Alexandre de Moraes.

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