O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afastado do mandato desde março deste ano, continua consumindo o teto da verba de gabinete da Câmara para custear sua equipe.
Em julho, mês que marcou o fim oficial de sua licença, foram R$ 132 mil pagos com recursos públicos para manter os nove funcionários lotados em seu gabinete.
Risco de perda do mandato é distante
Mesmo sem mandato ativo, Eduardo já acumula 12 ausências não justificadas em sessões plenárias. Porém, as regras da Câmara tornam remota a possibilidade de perda de mandato por abandono: seria necessário faltar a pelo menos um terço das sessões realizadas no ano legislativo.
Em 2024, por exemplo, houve 238 sessões — o que significa que um deputado só estaria em risco de cassação automática se somasse 79 faltas.
Sobrevida política
Na prática, o parlamentar ainda tem margem para se ausentar por meses, enquanto mantém o gasto máximo da verba com sua equipe. O cenário gera críticas sobre a utilização de recursos públicos em gabinetes de deputados afastados, já que os servidores seguem remunerados sem a atuação direta do titular.