Brasília, 21 de julho de 2025 — O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a usar as redes sociais como instrumento de desinformação e paranoia ideológica. Em nova investida contra o presidente Lula (PT), ele divulgou uma montagem fraudulenta e um discurso delirante sobre suposta aliança comunista com a China.
A máquina da mentira bolsonarista
Com o pai acuado pela Justiça e os irmãos alvo de investigações, Flávio Bolsonaro tenta manter acesa a chama do bolsonarismo via ataques infundados ao governo Lula. A publicação desta segunda-feira (21), feita em tom alarmista e paranoico, insinua que o presidente articula com o líder chinês Xi Jinping uma “mudança de regime” no Brasil — tese sem qualquer base na realidade e que repete o repertório conspiratório da extrema direita global.
A montagem divulgada pelo senador mostra Lula beijando a mão de Xi — imagem completamente falsa e produzida por inteligência artificial. Mesmo com o rastro de manipulação evidente, o conteúdo foi promovido por parlamentares aliados e perfis bolsonaristas, alimentando bolhas digitais que operam à margem da verdade.
Mentiras como método político
A estratégia de Flávio Bolsonaro replica o manual de desinformação usado por seu pai, Jair Bolsonaro, durante toda a sua trajetória pública. A difusão de fake news, o recurso ao anticomunismo delirante e a tentativa de demonizar adversários políticos fazem parte de uma ofensiva discursiva que se fortaleceu durante a radicalização golpista dos últimos anos.
Ao acusar Lula de querer impor “algo muito longe de ser democracia”, Flávio ignora não apenas os princípios constitucionais que regem o Brasil, mas também a legalidade das instituições que investigam sua própria família. O senador também ataca jornalistas e formadores de opinião, dizendo que serão “os primeiros a sofrer” sob a suposta ditadura chinesa — narrativa típica de regimes que, como o bolsonarismo, precisam de inimigos fictícios para se manter vivos.
Princípios Intransigentes
O uso de mentiras como ferramenta política é incompatível com qualquer projeto democrático. Quando um parlamentar eleito aposta na falsificação dos fatos, no ataque às instituições e na desinformação sistemática, ele não está apenas exercendo sua liberdade de expressão: está minando as bases da convivência democrática.
A responsabilidade sobre esse tipo de crime político — porque é disso que se trata — precisa ser enfrentada com a firmeza da lei, o rigor do jornalismo e o compromisso ético com a verdade. Não há neutralidade possível diante de quem ataca a democracia para defender um projeto autoritário, excludente e manipulado por interesses privados e geopolíticos.
Perguntas e Respostas
Flávio Bolsonaro publicou uma montagem falsa?
Sim. A imagem de Lula beijando a mão de Xi Jinping é uma criação falsa, sem registro em nenhum encontro oficial.
Há alguma base real para a acusação de “regime comunista”?
Não. O Brasil mantém relações diplomáticas com a China, mas não há qualquer proposta oficial de mudança de regime.
A publicação fere alguma legislação?
A disseminação de fake news com potencial de instabilidade institucional pode configurar crime contra a democracia.
Qual a motivação de Flávio Bolsonaro?
O senador age em defesa da sobrevivência política de sua família, ameaçada por investigações e decisões judiciais.
O que dizem os canais oficiais do governo?
O governo Lula tem reiterado seu compromisso com a democracia e a soberania nacional em fóruns multilaterais.