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Flávio Dino intima Sóstenes Cavalcante sobre acordo de emendas

Ministro cobra explicações do líder do PL na Câmara após fala sobre divisão de recursos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou neste domingo (27) que o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) preste esclarecimentos em até 48 horas. O pedido ocorre após declarações sobre um suposto acordo para divisão de emendas parlamentares entre partidos.

Durante entrevista, Sóstenes sugeriu que o PL poderia romper o combinado caso a Câmara dos Deputados não avance na votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Ministro age após declarações de líder do PL

As falas de Sóstenes surgiram em meio à pressão para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), acelere a análise da urgência do projeto de anistia.

O deputado afirmou que o acordo previa que 30% do valor das emendas ficariam com o partido que preside cada comissão, enquanto os outros 70% seriam divididos por Hugo Motta entre outras legendas.

Uso político de emendas volta ao centro das críticas

Atualmente, as emendas parlamentares movimentam mais de R$ 50 bilhões ao ano e se tornaram peça-chave na articulação política. Contudo, segundo especialistas, o uso político dessas verbas fragiliza o papel das comissões.

As chamadas emendas de comissão, destinadas originalmente a áreas como Saúde e Educação, vêm sendo utilizadas como moeda de negociação política. Portanto, a prática preocupa autoridades do Judiciário.

Decisão de Dino mira transparência e legalidade

Em sua decisão, Flávio Dino destacou que as falas podem indicar violação da Constituição Federal e da Lei Complementar nº 210/2024. “As declarações atribuídas ao líder do PL, se verdadeiras, poderiam indicar que emendas de comissão estariam novamente em dissonância com a Constituição e a legislação vigente”, escreveu o ministro.

Dino também lembrou que a legislação exige que essas emendas tenham destinação transparente e registro formal nas atas das comissões.

Sóstenes promete resposta e critica o Supremo

Após a decisão, Sóstenes Cavalcante declarou que ainda não foi formalmente notificado. No entanto, afirmou que responderá ao STF “com muito prazer” e reforçou que respeitará a transparência “seja da forma que for”.

Em suas redes sociais, o líder do PL endureceu o discurso. “Deputado eleito pelo povo não se curva a ameaças de ministro do STF. Fazemos política com transparência, dentro da Casa do Povo. E a luta pela anistia é justa, constitucional e legítima. Não aceitaremos censura, não aceitaremos intimidação”, escreveu.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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