Intervenção polêmica em Florianópolis
O governo do estado de Santa Catarina, sob a gestão de Jorginho Mello (PL-SC), determinou, sem aviso prévio, o fechamento da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, durante uma manifestação popular contra a PEC da Blindagem, conhecida como PEC da Bandidagem, e o PL da Anistia, que visa beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os golpistas de 8 de janeiro.
Organizadores do protesto classificaram a ação como repugnante e indefensável, afirmando que se trata de uma tentativa clara de atrapalhar a mobilização pacífica. “Tal intervenção é absolutamente repugnante e indefensável! Iremos tomar providências!”, declararam representantes dos movimentos sociais presentes no ato.
Protestos seguem apesar de obstáculos
Milhares de manifestantes se concentraram nas ruas de Florianópolis, demonstrando que a repressão física não diminui a força popular. Palavras de ordem como “Brasil quer justiça”, “Povo contra anistia” e “Congresso sem bandidagem” foram entoadas durante todo o percurso da manifestação.
Especialistas em direito e mobilização cidadã lembram que manifestações pacíficas são garantidas pela Constituição, e qualquer tentativa de impedir a livre circulação de cidadãos durante atos públicos pode configurar interferência ilegal do poder executivo sobre a população.
PEC da Blindagem e PL da Anistia
A PEC da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados, prevê que processos criminais contra parlamentares só possam avançar com autorização das próprias Casas Legislativas, em votação secreta, ampliando o foro privilegiado e criando riscos de impunidade política.
O PL da Anistia, apelidado de PL da Dosimetria, também enfrenta forte rejeição popular por propor revisão de penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. A mobilização nas ruas de Florianópolis reforça a pressão sobre o Senado e sobre a sociedade civil para que esses projetos não prosperem.