Governo Lula vai usar tarifaço de Trump para frear bolsonarismo

Governo atua em três frentes para conter efeitos políticos do tarifaço dos EUA nas eleições de 2026

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Donald Trump - Molly Riley

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara ações estratégicas para responder às tarifas aplicadas pelos Estados Unidos e neutralizar eventuais impactos do bolsonarismo nas eleições de 2026.

Segundo interlocutores do governo, o tarifaço promovido por Donald Trump representa mais que uma tensão comercial. Para o Planalto, trata-se de um movimento que pode fortalecer a extrema-direita brasileira e ameaçar a estabilidade política.


Congresso aprova retaliação comercial contra os EUA

O Planalto buscou apoio no Congresso Nacional para aprovar uma lei que autoriza retaliações comerciais. Mesmo com resistência, a proposta avançou com votos até de parlamentares do PL, partido de Jair Bolsonaro.

Lula deve sancionar o texto nos próximos dias. O governo considera necessário ter instrumentos legais prontos para reagir a eventuais ações protecionistas.


Impacto das tarifas pode atingir redutos bolsonaristas

O Palácio do Planalto destacou como o tarifaço norte-americano afeta diversos setores econômicos e regiões brasileiras.

Entre os alvos estão:

  • Aço, no Sudeste
  • Madeira, no Sul
  • Etanol, no Nordeste
  • Agronegócio, no Centro-Oeste

Esses setores têm forte influência nas bases eleitorais da direita. Portanto, o governo usa os dados para pressionar líderes políticos a se posicionarem sobre o impacto interno da política dos EUA.


Estratégia inclui “vacina” contra instabilidade

O governo também iniciou negociações com os Estados Unidos, mas decidiu separar o comércio de outras áreas da diplomacia.

Nos bastidores, assessores de Lula chamam a medida de “vacina”, ou seja, uma forma de prevenir interferências políticas externas que favoreçam o bolsonarismo.

A ordem no Planalto é agir com prudência. A equipe evita confrontos diretos com Trump, mas não pretende subestimar possíveis alianças internacionais da extrema-direita.


OEA e Comissão de Direitos Humanos viram palco da disputa

O governo brasileiro enfrentou os EUA na Organização dos Estados Americanos (OEA). A Casa Branca apoiava um candidato do Paraguai, mas o Brasil, com o apoio de países como Chile e Uruguai, conseguiu eleger um nome alternativo.

A avaliação é de que havia uma tentativa de transformar a OEA em espaço ideológico da extrema-direita regional.

Nos próximos meses, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos será o próximo foco. Os EUA lançaram uma candidata, e o Brasil também entrou na disputa.

A equipe de Lula quer evitar que entidades internacionais validem acusações de censura no Brasil. Segundo uma fonte do Itamaraty,

“Uma coisa é Eduardo Bolsonaro fazer essa acusação. Outra, bem diferente, é uma organização internacional publicar um relatório com esse tipo de alegação.”


Entenda: como Lula tenta blindar o Brasil de Trump e Bolsonaro

  • Governo Lula enxerga tarifas dos EUA como ameaça política
  • Lei de retaliação comercial deve ser sancionada
  • Setores como aço, etanol e agronegócio estão entre os mais afetados
  • Estratégia inclui diálogo com os EUA e prevenção contra radicalização
  • OEA e Comissão de Direitos Humanos se tornam arenas diplomáticas
  • Objetivo é impedir que Trump fortaleça o bolsonarismo no Brasil

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca