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Luiz Fux pode empurrar julgamento de Bolsonaro para 2026

Indício de pedido de vista de Luiz Fux atrasaria definição sobre o ex-presidente até o ano eleitoral

Brasília – 10 de agosto de 2025 – O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) dificilmente será encerrado em setembro e pode ser arrastado até 2026, segundo avaliação do jornalista Elio Gaspari.

Há sinais de que o ministro Luiz Fux pedirá vista do processo, mecanismo que concede até 90 dias para devolução, podendo coincidir com prazos estratégicos em pleno ano eleitoral.


Pedido de vista pode travar pauta até fevereiro

Pelo regimento interno do STF, um pedido de vista suspende o julgamento e concede ao ministro até 90 dias para devolver o caso.

Se a manobra ocorrer no fim de setembro, o prazo se estenderá até dezembro. Com o recesso do Judiciário, o processo só voltaria à pauta em fevereiro de 2026 — e, com novos atrasos, a decisão poderia ficar para março.

Essa postergação abriria espaço para que o julgamento no STF coincida com análises no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre recursos ligados à inelegibilidade de Bolsonaro.

A coincidência processual ocorreria com nova composição na Corte Eleitoral, o que pode alterar o desfecho político.

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“Homem da Cadeira” e outros episódios

Gaspari também recordou a condenação do mecânico Fábio de Oliveira, sentenciado pela Primeira Turma do STF a 17 anos de prisão por invadir o plenário em 8 de janeiro e sentar-se na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, gravando vídeos com ofensas.

O ministro enquadrou Oliveira em cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. O colunista batizou o episódio de “Homem da Cadeira”, comparando-o à “Senhora do Batom”, outra figura símbolo dos atos golpistas.


Impasse no Congresso e memória da Constituinte

O colunista ironizou ainda a cena de parlamentares que se acorrentaram no plenário para obstruir votações, paralisando o Congresso. A lembrança foi imediata: o ex-deputado Ulysses Guimarães, em situação similar durante a Assembleia Constituinte, disparou — “Sou presidente da Constituinte, não de um hospício”.


O possível atraso no julgamento de Jair Bolsonaro expõe como manobras regimentais podem servir a cálculos políticos, coincidindo com decisões eleitorais cruciais. A repetição de estratégias protelatórias, seja no STF ou no Congresso, não apenas fragiliza a confiança nas instituições, mas também dá fôlego a forças políticas que trabalham para reverter avanços democráticos.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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