O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou crescimento de sua aprovação, atingindo 51,2% segundo a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (24) pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg. A desaprovação recuou para 48,3%, consolidando a melhor avaliação do mandato em 2025, em levantamento realizado entre 15 e 19 de outubro. Essa evolução confirma uma tendência de recuperação iniciada em junho e fortalece a liderança política do presidente no cenário nacional, apesar de resistência em segmentos como jovens e evangélicos.
Fatores que impulsionam a popularidade de Lula
O analista político Edward Magro destaca uma “tempestade perfeita” de fatores que explicam a ascensão da popularidade do presidente, entre eles:
- Acertos nas políticas públicas do governo Lula
- Troca na Secretaria de Comunicação para Sidônio Palmeira
- Uso estratégico de inteligência artificial e linguagem acessível
- Valorização da soberania nacional no discurso político e econômico
- Erros e controvérsias da direita e extrema direita, como a derrubada da PEC da Blindagem e a rejeição ao tarifaço defendido por bolsonaristas
Magro reforça que a queda da inflação dos alimentos foi fundamental para a melhora da percepção popular: “A baixa geral do preço dos alimentos mudou a percepção do governo, pois o cidadão vê que o alimento está mais barato, e isso impacta diretamente seu cotidiano”.
Além disso, a saída do Brasil do mapa da fome representa um marco social significativo, resultado direto das políticas sociais acumuladas pelo governo. O avanço no combate às desigualdades reforça o compromisso progressista do Executivo frente a retrocessos históricos.
Comunicação pública mais próxima e eficaz
A comunicação do governo foi essencial para consolidar essa retomada da popularidade. Lula conseguiu falar diretamente com o público, não apenas por canais oficiais, mas também por meio de lideranças alinhadas ao seu projeto político, ampliando alcance e engajamento. A Secretaria de Comunicação adotou linguagem mais próxima do cidadão comum, fortalecendo a narrativa dos resultados positivos do governo.
Contudo, a pesquisa mostra que a resistência persiste em determinados grupos. A desaprovação é maior entre jovens e evangélicos, chegando a 72% de rejeição nesses segmentos, além de apresentar pior desempenho na região Centro-Oeste do Brasil.
Dados e contexto social da pesquisa
A avaliação “ótimo” e “bom” cresceu de 46,2% em setembro para 48% em outubro, consolidando a melhor performance do ano. As avaliações negativas recuaram para 47,2%, enquanto os que consideram o governo regular diminuíram para 4,8%.
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A pesquisa foi realizada com 14.063 brasileiros adultos via recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos.
Governo, oposição e futuro político
Enquanto o governo capitaliza ganhos com avanços sociais e econômicos, os erros e divisões internas da oposição — especialmente entre a direita e a extrema direita — têm ampliado o desgaste desses grupos, favorecendo a liderança de Lula para as próximas disputas políticas e legislativas.
O cenário mostra, porém, que a batalha ideológica segue acirrada. O Diário Carioca acompanhará a evolução dessas disputas, reforçando o compromisso com a informação clara, imparcial e crítica.
